A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitiu um novo alerta sobre o paracetamol, um dos analgésicos e antipiréticos mais utilizados em Portugal e no mundo.
Através do seu Comité de Avaliação de Risco de Farmacovigilância, a EMA determinou que todos os medicamentos contendo esta substância — isolada ou em combinação com outros ingredientes — devem passar a incluir nos seus folhetos informativos o risco de acidose metabólica como potencial efeito adverso.
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Este novo alerta aplica-se a casos de utilização prolongada ou em doses excessivas (overdose) de paracetamol, sendo a acidose metabólica com grande hiato aniónico (WAGMA) uma condição grave que pode provocar sintomas como respiração acelerada e profunda, náuseas, vómitos, sonolência e, nos casos mais severos, disfunção renal, infeções graves (sepse) e deficiência de glutationa, especialmente em indivíduos com consumo crónico de álcool.
A EMA reforça que, perante suspeitas ou confirmação desta complicação, a toma de paracetamol deve ser suspensa de imediato e o doente deve ser submetido a avaliação clínica detalhada, incluindo análises específicas para monitorizar o equilíbrio ácido-base do organismo, pode ler-se na Forever Young.
Este novo dado vem reforçar a importância do uso responsável de medicamentos aparentemente inofensivos, lembrando que a automedicação, especialmente em situações prolongadas, pode trazer consequências sérias. O paracetamol continua a ser seguro e eficaz quando tomado segundo as indicações médicas, mas a EMA sublinha que a vigilância é essencial para prevenir riscos evitáveis à saúde pública.
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