É um gesto automático: pegar numa lata, levantar a aba metálica e ouvir o clássico pssst. Mas o pequeno furo no anel de puxar — aquele círculo que muitos acreditam ser apenas decorativo — tem uma função engenhosa e uma história surpreendente.
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Segundo o Marmiton, a origem remonta a um piquenique em 1962, quando o engenheiro americano Ermal Cleon Fraze esqueceu-se do abre-latas em casa. Na tentativa desesperada de abrir uma lata, bateu-a contra o para-choques do carro. Da necessidade nasceu uma inovação: a argola metálica que dispensava ferramentas.
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A ideia revolucionou a indústria e rapidamente se tornou padrão. No entanto, os primeiros modelos geraram um problema ambiental: os anéis destacavam-se totalmente das latas e acumulavam-se em ruas e praias, tornando-se um pesadelo ecológico.
A resposta surgiu na década de 1970, quando outro engenheiro, Daniel F. Cudzik, desenvolveu uma solução mais segura: uma aba que permanecia presa à lata. Para que essa nova aba funcionasse com eficiência, foi adicionado um pequeno furo, aparentemente irrelevante, mas com papel crucial.
“Esse furo foi projetado para funcionar como alavanca, facilitando a abertura da lata”, explica o Marmiton. Além de reduzir o esforço necessário para romper o alumínio, o design permite o uso de menos material — algo essencial quando se produzem milhões de latas por dia.
Portanto, da necessidade nasceu a inovação, e da inovação, um detalhe funcional que hoje damos como garantido. A próxima vez que abrir uma lata, vai saber: aquele furinho não está ali por acaso — é engenharia em miniatura.
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