O aumento do preço do pão é inevitável no próximo ano, quem o diz são os empresários do setor da Panificação de Coimbra. A culpa, garantem, é da subida dos preços das matérias-primas e da energia.
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A “melhor broa de Coimbra” da Pastelaria Moeda, na Baixa da cidade, já sofreu o primeiro aumento no dia 1 de novembro. Custa agora 1,30 euros, ou seja mais 10 cêntimos. O gerente deste estabelecimento, Lúcio Borges, disse, esta manhã, ao Notícias de Coimbra, que em 2022 vai haver nova subida.
“É inevitável a subida do preço do pão, da broa, porque há 3 anos que não atualizávamos a nossa tabela de preços e desde aí tem vindo sempre a subir as matérias-primas. Adiámos o aumento devido à pandemia, mas agora não podemos suportar mais as despesas”, conclui o proprietário da Pastelaria Moeda.
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Já Margarida Domingues, gerente da Pastelaria Penta, na Rua da Sofia, na Baixa de Coimbra, alerta que “a subida das matérias-primas e da energia põe em causa o preço de todos os produtos que têm na montra”. No entanto, não sabe ao certo quanto irá ficar mais caro o pão, mas assegura que “vai subir no próximo ano”.
Para comprar um papo seco pode gastar entre 15 e 20 cêntimos, no entanto o preço e o peso do pão são livres, cada empresa pode fixar a sua tabela.
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“Desde o início do ano temos assistido a um escalar de aumentos nas matérias-primas”, lembra por sua vez António Rocha que é gerente da Moinho Velho Pastelaria, no Arnado, frisando que “esta subida deve-se ao preço dos combustíveis, mas também há falta de navios que possam transportar os contentores entre continentes”.
O impacto na tesouraria das empresas do setor é incontornável, com as faturas dos fornecedores a chegarem todos os meses, e os empresários são confrontados com aumentos muito fortes da eletricidade e do gás, ou seja energias que são essenciais para a cozedura do pão. Mas não são só estes aumentos as farinhas apresentam em média uma subida de cerca de 20%, com as previsões a apontarem para novos acréscimos.
Já o preço do trigo no mercado mundial ficou, em setembro, 41% acima do valor de há um ano, “devido à redução das disponibilidades exportáveis” num contexto de “forte procura”, de acordo com o boletim da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Veja o vídeo do Direto NDC com António Rocha, gerente da Moinho Velho Pastelaria:
Veja o vídeo do Direto NDC com Margarida Domingues, gerente da Pastelaria Penta:
Veja o vídeo do Direto NDC com Lúcio Borges, gerente da Casa da Broa:
Veja o vídeo do Direto NDC com Jorge Martins:
Veja o vídeo do Direto NDC com António Carvalho:
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