Região
“Pandemónio”: Habitantes de aldeia de Oliveira do Hospital com medo que a desgraça de 2017 se repita
O medo voltou a instalar-se entre os moradores de Alvoco das Várzeas, enquanto o fogo continua a lavrar nas encostas da serra.
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José Ferreira Pais, residente local, relembrou a catástrofe de 2017, destacando a rapidez e intensidade das chamas daquela ocasião. “Parecido não é. Em 2017 isto foi um pandemónio aqui. Em meia hora atravessou aqui o concelho todo”, contou, lembrando que, na altura, os meios de combate disponíveis eram insuficientes.
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O morador admite que, apesar da situação atual não ser tão grave, existe preocupação com o possível agravamento do incêndio: “Temo que aconteça algo parecido, mas vai demorar mais tempo, claro. À vista daquele ano, isto não é nada”.
José Ferreira Pais descreveu ainda as dificuldades de acesso das equipas de combate ao fogo: “Não há estradas, não há nada, não há caminhos”.
O início do fogo foi reportado pelo próprio morador: “Deste lado foi… lá para as 4:00. Não consegui dormir […] A minha mulher estava na varanda a ver o cenário”.
Apesar da apreensão, a comunidade mantém alguma esperança de que o fogo não se aproxime das habitações. “Estamos na expectativa. Temos que esperar que não venha cá para baixo, ou que não atravesse o rio para cá. Se não atravessar já é bem bom para a gente”, concluiu José Ferreira Pais.
O incêndio continua a desafiar as equipas de bombeiros, que enfrentam encostas íngremes e ventos instáveis. As autoridades reforçam que a prioridade é proteger as habitações e impedir que o fogo se aproxime dos núcleos urbanos.
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