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PAN diz que país não pode ficar refém de maiorias absolutas

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 meses atrás em 06-03-2024

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, defendeu hoje a necessidade de haver mais pluralidade na Assembleia da República, considerando que o país não pode ficar refém de maiorias absolutas nem de alianças “muito pouco democráticas”.

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Em Braga, no final de uma visita ao Centro Novais e Sousa, que atende pessoas com deficiência mental, Inês Sousa Real acrescentou que, com a legislatura que agora termina, “já ficou bastante claro que uma maioria absoluta não serve o país e que o voto chamado voto útil foi um voto absolutamente inútil”.

“Em democracia, é fundamental não deixarmos o país refém nem de maiorias absolutas, nem de alianças muito pouco democráticas que fazem retroceder os direitos das pessoas”, referiu.

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Lembrou que o PS já teve uma maioria absoluta e “foi uma oportunidade desperdiçada”.

“O PS traiu a confiança dos eleitores quando trouxe uma instabilidade política para o país que o país não tinha atravessado ainda. Tivemos casos e casinhos que sucederam, tivemos falta de transparência, tivemos também questões associadas à corrupção, o que põe em causa a confiança dos nossos concidadãos nas instituições e no poder político”, apontou.

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Por isso, apelou a “mais pluralidade” na Assembleia da República, com “mais representação de partidos políticos como o PAN”.

Sobre a participação, na terça-feira, do antigo líder do CDS-PP Paulo Portas na campanha da Aliança Democrática (AD), Inês Sousa Real disse que “parece o regresso ao passado” e a políticas que puseram o país “numa situação de aperto” e de asfixia para famílias e empresas.

“Não queremos o regresso a esse tipo de políticas. Precisamos, sim, de olhar para o futuro, garantir que damos confiança às pessoas, à economia e ao desenvolvimento social, mas numa transição para uma economia verde”, sublinhou.

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza acusou ainda a AD de “revivalismo das touradas e do tiro aos pombos”, práticas que classificou de “monstruosidades cruéis”.

“É claramente uma visão curta e uma visão errada daquilo que é o mundo rural. Para quem confunde o mundo rural com a crueldade das touradas ou até mesmo com a crueldade do tiro ao pombo claramente não percebe as necessidades que os nossos agricultores têm, a necessidade de promovermos uma agricultura de subsistência e soberania alimentar e promovermos também a agricultura biológica no nosso país”, considerou.

Para a líder do PAN, um voto na AD ou no Chega é “um voto contra direitos humanos fundamentais, contra o progresso do país, contra a civilização”.

A propósito da visita ao Centro Novais e Sousa, onde assistiu a um “miniconcerto” de bombos pelos utentes, visitou uma horta e deu uns pontapés na bola, Inês Sousa Real defendeu que é preciso colocar o tema da inclusão nas agendas políticas, para apoiar aquelas instituições, designadamente as que trabalham na área da saúde mental e na autonomia dos utentes.

Disse que é necessário canalizar fundos para aquelas instituições e criticou o alegado desaproveitamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Irmos mais longe na próxima legislatura é garantir que estas pessoas não continuam sem ter um apoio do Estado em matéria de inclusão social e laboral”, afirmou, alertando para o perigo de “forças políticas antidemocráticas, que põem em causa os apoios sociais e os direitos sociais”, disse ainda.

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