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Política

PAN: Causa animal dominou moções aprovadas e aplaudidas no último dia do congresso

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 06-06-2021

A causa animal dominou as moções aprovadas hoje de manhã no último dia do Congresso do PAN, em Tomar, com a proposta de simplificação do processo de adoção de animais de pecuária a ser aprovada por unanimidade e aclamação.

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Antes, os delegados ao VIII Congresso do Pessoas-Animais-Natureza haviam aprovado igualmente as moções que visam uma alimentação animal vegetal de qualidade e a esterilização abrangente dos animais de companhia, na reta final de discussão e votação das 25 moções setoriais apresentadas.

A aprovação da moção sobre a adoção dos animais de pecuária foi considerada “um passo muito sólido” para que estes fiquem “mais próximos de deixarem de ser considerados mercadoria”, com uma das delegadas a denunciar a “perseguição” de que são alvo as pessoas e associações que acolhem estes animais, procurando evitar que o seu único destino seja o abate.

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A proposta que visa garantir uma alimentação 100% vegetal para animais de companhia, a que foi acrescentado o pedido de que o controlo de qualidade seja alargado a todo o tipo de alimento animal, foi seguida de uma saudação ao seu proponente, o médico veterinário algarvio Vasco Reis, com 83 anos, que se emocionou com as referências ao seu ativismo “incansável” e os gritos de “Vasco!, Vasco!”.

Já a moção “Pela implementação de um programa abrangente de esterilização dos animais de companhia” recebeu algumas críticas pela inclusão de uma alínea que previa benefícios no IRS para quem esterilize os seus animais de companhia, com um dos delegados a alertar para o risco de se incentivar a esterilização caseira, frisando que o ser humano “pode ser muito cruel”.

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Lembrando que o fim dos abates nos canis foi “uma bandeira fundadora” do partido, a proponente da moção, Bianca Santos, lamentou que, cinco anos após a adoção da lei que formaliza a esterilização, os canis continuem sobrelotados.

Lamentou que os municípios praticamente não tenham recorrido aos apoios disponíveis para a esterilização de animais de companhia, aprovado por iniciativa do PAN, pedindo que, em vez de facultativa, essa medida passe a ser obrigatória, tendo um dos delegados sublinhado que a fraca adesão mostra que o problema “é político e não orçamental”.

Nos trabalhos da manhã foi ainda aprovada, por unanimidade, a moção setorial que tinha como primeira subscritora Inês Sousa Real, única candidata a porta-voz do partido, e que propõe que os municípios do estuário do Tejo se reúnam numa candidatura para classificação do rio Tejo como Património Mundial da Unesco.

A moção, apresentada por Isabel Carmo, lembrou que se trata do maior rio da península ibérica e considerou “uma vergonha” a forma como o Tejo tem sido tratado, não só pelos graves problemas de poluição como também pelos cortes nos caudais, que não permitem que ele corra livremente.

O texto realça o património paisagístico, natural, histórico e cultural e aponta a classificação como único caminho para a sua devida proteção.

A moção que defendia o não recurso ao voto eletrónico, invocando as várias experiências, como a realizada nas eleições europeias de 2019 em Évora, que “falharam”, foi rejeitada, com vários delegados a sublinharem que este é um processo que está no início e tem de ser melhorado, mas que “é o futuro”.

A discussão e votação das 25 moções setoriais iniciou-se às 19:00 de sábado, tendo-se prolongado até à 01:00 de hoje.

O VIII Congresso do PAN, que termina ao final da manhã com o discurso da nova porta-voz do partido, realiza-se no Hotel dos Templários, em Tomar, no distrito de Santarém.

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