Coimbra

Pampilhosa da Serra cia Linha de Emergência Municipal

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 21-03-2020

 

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A Comissão Municipal de Proteção Civil de Pampilhosa da Serra, reuniu, na tarde de hoje, por videoconferência, com o intuito de fazer um ponto de situação relativo à evolução do Coronavírus a nível local, tendo sido aprovadas medidas para implementação imediata e perspetivadas outras que, dependendo da evolução do surto, poderão ou não ser ativadas. 

 

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Atendendo à situação incomum que se vive um pouco por todo o país, a sessão decorreu dentro de dois parâmetros excecionais.

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Em primeiro lugar, o facto de se ter usado o sistema de videoconferência que, tal como explicou José Brito, Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra e Presidente da Comissão Municipal de Proteção Civil, foi um meio encontrado de forma a “evitar ao máximo correr riscos” e para que quem tem responsabilidades acrescidas “possa estar em condições para resolver os problemas” que forem surgindo.

Depois, o facto de a comissão ter sido alargada a representantes de instituições que intervêm em matéria de cuidados de saúde no concelho, de forma a ouvir as suas preocupações e eventuais constrangimentos em relação ao surto, e também para que haja um diálogo permanente, fazendo com que que todas a entidades e instituições concelhias lutem contra este vírus de forma integrada e em estreita articulação. 

Nesse sentido e tendo em conta as preocupações evidenciadas, foi assinalado que o Município irá fazer todos os esforços no sentido de providenciar equipamentos de proteção individual a todos os profissionais de saúde do concelho, assim como a profissionais de outros serviços municipais que pelas suas funções necessitam de cuidados de proteção reforçados. José Brito, salientou que o Município tem obrigação de complementar o “excelente trabalho” que as IPSS’s têm desenvolvido até ao momento, reforçando que é um dever da Autarquia “proteger ao máximo as instituições, os utentes e quem nelas trabalha”. 

No seguimento de um conjunto de medidas de prevenção e mitigação da Covid-19 recentemente implementadas pela Autarquia, foi comunicada a criação de uma Linha de Emergência Municipal (235 590 330), que já está ao dispor da comunidade Pampilhosense.

A medida serve para que a população possa solicitar apoio no fornecimento ou transporte de bens e medicamentos, mediante posterior validação pelo Gabinete de Ação Social do Município. Paralelamente, e com o intuito de acompanhar o estado geral da população sénior do concelho, o Município está desde o dia 13 de março a contactar telefonicamente os idosos que se encontram mais isolados nas aldeias do concelho. Foi ainda acionado um veículo sonorizado, que passará em todas as freguesias para prestar informações de alerta e de proteção à população.

Se necessário, o Município irá ainda ceder espaços municipais como o pavilhão e o mercado para implementação de hospitais de campanha. Também a residência de estudantes já se encontra ao dispor de todos os profissionais de saúde que pelos riscos associados se vejam impedidos de ir para os seus domicílios. 

A Câmara Municipal decidiu também criar um gabinete de comando/crise que estará permanentemente alerta para pôr em prática medidas adicionais, consoante os desenvolvimentos do quadro geral da pandemia.

Para já, e com a validação do Dr. António Queimadela, delegado de saúde de Pampilhosa da Serra e responsável máximo do Município no Serviço Nacional de Saúde, foi descartada a hipótese de ser ativado o plano de emergência municipal. Na sessão, António Queimadela expressou que “o mais importante é tranquilizar dentro desta intranquilidade”. O Delegado de Saúde acrescentou ainda que tem feito uma “atualização diária” do número de casos em “vigilância ativa e passiva”. Até ao momento “ainda não foram registados casos no Agrupamento, todas as colheitas deram resultado negativo”, completou. 

No fecho da reunião, José Brito vincou a “total disponibilidade” do Município para fazer face à situação atual e futura do surto, tendo acrescentado ainda que alguns funcionários da autarquia que habitualmente desempenhavam outras funções e estão em regime de teletrabalho, atendendo ao panorama excecional, podem ser chamados para auxiliar em determinadas tarefas. “Temos responsabilidades enormes e vamos fazer o nosso melhor. A nossa preocupação é assegurar o bem-estar das nossas gentes”, notou.

 

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