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Pampilhosa da Serra: Casas em Unhais Velho “dizimadas” pelo fogo que pode “cercar em 10 minutos” Malhada do Rei

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 hora atrás em 18-08-2025

Um incêndio de grandes dimensões continua a lavrar descontrolado esta segunda-feira, 18 de agosto, na região da Pampilhosa da Serra, obrigando ao corte de estradas e mobilizando várias corporações de bombeiros e meios aéreos.

A situação mantém moradores em alerta máximo, que temem pelo avanço das chamas às aldeias vizinhas.

O Notícias de Coimbra está no cruzamento que dá acesso a Covanca, Ceiroco, e Porto da Balsa, onde o cenário é de intensa preocupação. O vento forte tem sido apontado como o principal adversário dos bombeiros.

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Moradores relatam momentos de tensão durante a noite. António, natural de Unhais Velho, contou que a aldeia foi atingida pelo fogo: “Completamente dizimado… não há casas. Conseguimos salvar algumas com a ajuda dos bombeiros e da população. Agora, com a direção do vento, a próxima aldeia que poderá ser atingida é Malhada do Rei.”

A apreensão é partilhada por Eduardo Carvalho, proprietário de uma casa na Malhada do Rei: “Muito preocupado… a prever que a aldeia possa vir a ser evacuada. A família já foi para Lisboa e fiquei eu para tentar, junto com os populares, salvaguardar alguma coisa, principalmente as habitações. A situação é mesmo muito… é de calamidade.”

O vento variável na serra aumenta o risco de propagação rápida do fogo. António alerta que uma mudança de direção poderia levar as chamas a cercar Malhada do Rei em questão de minutos: “Em 10 minutos, se virar o vento, poderá estar a rodear completamente a aldeia. O vento na serra não é constante e, com a falta de oxigénio do próprio fogo, pode mudar de um momento para o outro.”

No local, os bombeiros de diversas corporações, incluindo unidades de Lisboa, Miranda do Corvo e da própria Pampilhosa da Serra, continuam a atuar com autotanques e meios aéreos. A circulação na estrada principal encontra-se cortada, dificultando o acesso ao posto de comando e às áreas mais críticas.

O cenário permanece crítico, com moradores e autoridades a monitorar a evolução do incêndio.

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