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Países exportadores de petróleo cortam produção para subir preço do barril

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 05-10-2022

A aliança dos produtores de petróleo OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e Rússia, decidiu hoje, em Viena, reduzir a sua produção em 2 milhões de barris por dia, o que representa o maior corte desde a pandemia.

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O anúncio foi feito pelo vice-ministro do Petróleo do Irão, Amir Hossein Zamaninia, no final de uma conferência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos seus 10 países produtores aliados, incluindo a Rússia, o México e o Cazaquistão.

O corte na produção já era esperado e é justificado pela forte queda dos preços do petróleo, esperando-se que a decisão de hoje permita incentivar uma recuperação dos valores pagos à OPEP.

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Os preços do petróleo caíram de cerca de 120 para 90 dólares (de cerca de 12,1 euros para 91,3) há três meses devido ao receio de uma recessão económica global, mas também pelo aumento das taxas de juros dos Estados Unidos e pela subida do valor do dólar.

A descida de produção, que terá início a partir de novembro, é a maior desde maio de 2020, quando estava no início a pandemia de Covid-19 e foi aprovada pelos membros da aliança a pouco mais de um mês das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos.

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O Presidente norte-americano, Joe Biden, luta há meses para tentar conter a subida de preços, que está a corroer o poder de compra das famílias, tendo mesmo ido a Riade em julho para defender a sua posição.

Questionado à sua chegada a Viena para a reunião de hoje, o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Souhail ben Mohammed Al-Mazrouei, alegou que a OPEP+ é uma “organização técnica” que não se rege por questões políticas.

Criada em 1960 com o objetivo de regular a produção e o preço do petróleo bruto, por meio do estabelecimento de cotas, a OPEP estendeu-se em 2006 à Rússia e a outros parceiros para formar a OPEP+.

Num gesto histórico, os membros da aliança decidiram, na primavera de 2020, cortar a sua produção em quase 10 milhões de barris diários para enfrentar o colapso da procura ligado à pandemia de Covid-19.

Já em setembro passado, o grupo tinha baixado ligeiramente a sua meta (em 100.000 barris), alegando que estava pronto para diminuir mais.

Depois de ter disparado no início da semana, o preço do barril de Brent do Mar do Norte estava, hoje de manhã, nos 91,84 dólares, enquanto o seu homólogo norte-americano, o WTI, estava nos 86,36 dólares o barril.

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