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Pai e mãe conspiraram para que rim de jovem fosse removido e transplantado para a filha

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 23-03-2023

O senador nigeriano Ike Ekweremadu foi hoje condenado por um tribunal de Londres, por conspirar para que o rim de um jovem fosse removido no ano passado para transplante para a sua filha.

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Além do senador, a sua mulher Beatrice, e um médico que agiu como intermediário foram também considerados culpados de conspirar para transportar o jovem de Lagos para o Reino Unido, para que lhe fosse retirado o rim, mas a filha do casal, Sonia, de 25 anos, foi ilibada, escreve a agência France-Presse.

O influente senador, ex-vice-presidente do Senado nigeriano, e a sua mulher declararam-se inocentes na abertura do julgamento, motivando muitos comentários no espaço público nigeriano, nomeadamente nas redes sociais.

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As sentenças serão conhecidas em 05 de maio, mas os três arguidos enfrentam prisão perpétua ao abrigo da Lei da Escravatura Moderna, e foram formalmente acusados ao abrigo da Lei de Conspiração por organizarem a viagem de um terceiro para exploração.

A vítima, um primo de Sonia, era um vendedor ambulante em Lagos, a quem foi prometida uma verba equivalente a 7.800 euros, de acordo com a acusação, bem como a promessa de trabalhar e permanecer no Reino Unido.

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No Reino Unido, é legal doar um rim de forma altruísta, mas ilegal fazê-lo por “recompensa” financeira ou material.

Durante o julgamento, o jovem disse que pensava ter sido transportado para o Reino Unido para trabalhar e só se apercebeu quando foi confrontado por médicos britânicos que lhe disseram que iria fazer um transplante de órgãos.

Foi então à polícia “à procura de alguém para lhe salvar a vida”, evitando assim a operação, disse a acusação.

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