Justiça
Pai de Macaco desaparece após gastar dinheiro dos bombeiros em marisco, whisky e… sutiãs

Imagem: LinkedIn
Jaime Madureira, antigo presidente da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Porto e pai de Fernando Madureira, conhecido como ‘Macaco’, começa a ser julgado a 30 de abril por suspeita de peculato.
No entanto, apesar de estar formalmente notificado através da sua advogada, o paradeiro do arguido continua incerto.
Com duas moradas registadas no processo, ambas no Porto, as tentativas de notificação direta por parte da justiça foram infrutíferas. As cartas enviadas pelo Ministério Público foram devolvidas e, numa diligência policial, a PSP confirmou que Jaime Madureira já não reside em nenhuma das moradas indicadas.
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A magistrada do processo sublinha que o arguido, de 73 anos, falhou o dever legal de manter atualizada a sua morada no processo. “Foi notificado para contestar e indicou um endereço insuficiente”, lê-se num despacho datado de 15 de abril. Apesar disso, a juíza considera-o devidamente notificado e apto a ser julgado, pode ler-se no Correio da Manhã.
Segundo o Ministério Público, entre 2015 e 2019, Jaime Madureira desviou mais de 53 mil euros dos cofres da associação humanitária. As verbas foram alegadamente utilizadas em despesas privadas como refeições em marisqueiras, compras de supermercado que incluíam bebidas alcoólicas, carne e até comida para gato, bem como combustível e a insólita aquisição de um sutiã. As faturas foram entregues como justificativo das verbas que Madureira recebia diretamente das funcionárias do quartel, segundo se apurou na investigação.
O arguido admite ter realizado várias despesas em nome da associação, mas sustenta que estavam dentro dos seus direitos enquanto presidente da instituição e rejeita ter cometido qualquer ilegalidade.
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