A madrugada foi tudo menos tranquila para milhares de pessoas na região Centro e Norte do país. Em poucos segundos, um sismo inesperado fez casas abanar, camas tremer e o coração disparar, acordando quem dormia profundamente e apanhando outros completamente desprevenidos.
O fenómeno foi sentido de forma clara em dezenas de localidades, com especial incidência na região de Coimbra, mas também em concelhos dos distritos de Coimbra, Viseu, Guarda, Aveiro e Castelo Branco.
Nas redes sociais, multiplicaram-se os relatos de susto: “parecia uma rajada de vento muito forte”, “a casa abanou toda”, “houve um barulho abafado e uma pressão nos ouvidos”, “pensei que fosse um avião”, “a cama mexeu”, “os cães começaram a ladrar antes”. Para muitos, foram apenas segundos, mas suficientes para gerar pânico, confusão e sair à rua em plena noite.
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Segundo informação sísmica preliminar, terá sido um sismo de magnitude moderada, suficientemente forte para ser sentido numa vasta área, mas sem registo de danos materiais significativos ou vítimas até ao momento. Ainda assim, a intensidade com que foi percecionado surpreendeu, sobretudo em zonas onde este tipo de fenómeno é menos frequente, levando muitos a afirmar que “nunca tinham sentido nada assim”.
Especialistas explicam que sismos desta natureza podem ser sentidos de forma muito diferente consoante a profundidade, o tipo de solo e a estrutura dos edifícios, o que ajuda a explicar porque houve quem sentisse com grande intensidade e outros praticamente nada.
Apesar de o abalo ter durado pouco tempo, o susto ficou. Para muitos portugueses, esta madrugada serviu de lembrete inquietante de que a terra pode tremer quando menos se espera — e que, mesmo em Portugal, o risco sísmico é uma realidade que não deve ser ignorada.
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