O preço do ouro, considerado um ativo de refúgio em tempos de incerteza, atingiu hoje um novo máximo histórico, fixando-se acima dos 4.115 dólares por onça, assim como a prata, que também atingiu um recorde, ultrapassando os 52 dólares.
De acordo com os dados da Bloomberg compilados pela agência EFE, pelas 18:15 (17:15 de Lisboa), o preço do ouro atingiu um novo máximo histórico, tendo-se fixado nos 4.117,13, o que representa uma subida de 2,4% face ao preço de fecho de sexta-feira, quando tocou nos 4.017,79 dólares.
Pelas 19:30 (18:30 de Lisboa), o ‘metal amarelo’ encurtou ligeiramente os ganhos e estava a negociar nos 4.110,06 dólares, uma subida de 2,3% em relação ao fecho de sexta-feira.
PUBLICIDADE
Em 08 de outubro, o ouro superou, pela primeira vez, a barreira dos 4.000 dólares por onça, e caminha para fechar o seu melhor ano desde 1979, dado que acumula uma valorização de 56% este ano.
Segundo o analista Adrián Hostaled, citado pela EFE, as tensões entre os EUA e a China, os “constantes fluxos de capital para os ETF [fundos de índices cotados] de ouro” e as crescentes expectativas de novos cortes das taxas de juro diretoras por parte da Reserva Federal norte-americana ainda este ano estão na origem do aumento do preço do metal dourado.
Já no caso da prata, impulsionada pela valorização do ouro, o preço também alcançou um novo máximo durante a sessão de hoje ao ultrapassar os 52 dólares.
Em concreto, pelas 18:56 (17:56 de Lisboa), fixava-se nos 52,1072 dólares, uma subida de 3,9% face ao fecho de sexta-feira, quando negociava nos 50,1478 dólares.
Pelas 19:30 (18:30 de Lisboa), o preço da prata interrompeu essa recuperação em 3,52%, para 51,91 dólares.
No passado dia 09 de outubro, a prata superou pela primeira vez os 50 dólares por onça.
Os anteriores máximos históricos intradiários tinham-se registado em junho de 2011, coincidindo com os programas de flexibilização quantitativa dos bancos centrais. Nessa altura, a prata atingiu os 49,80 dólares.
Até agora, este ano, o preço da prata valorizou-se mais de 79,6%.
Estes dois metais registaram hoje uma forte valorização impulsionados pelas novas tensões comerciais entre os EUA e a China, e um contexto de incerteza política na sequência da paralisação parcial do governo norte-americano, e da crise política em França.
PUBLICIDADE