Escondida no canto sombreado de um jardim comunitário em New Haven, Connecticut, uma colmeia aguarda silenciosa. Sob a supervisão do Projeto Huneebee, sete adolescentes preparam-se para uma tarefa invulgar — cuidar de milhares de abelhas, uma atividade que vai muito além da simples apicultura.
Desde 2018, o programa ensina apicultura a jovens, principalmente aqueles com experiências em lares temporários, utilizando a prática como uma poderosa ferramenta terapêutica. Através do contato com as abelhas e do manuseio das colmeias, os participantes desenvolvem habilidades profissionais, constroem conexões e encontram um caminho para lidar com ansiedade, depressão e traumas profundos.
Guiados pelo instrutor Tim Dutcher, os jovens aprendem a cuidar das colmeias que eles mesmos constroem, enfrentando medos e descobrindo uma inesperada sensação de calma e propósito. Ray, de 16 anos, que nunca havia tido contato com abelhas, já as descreve como “tranquilas” — um testemunho da transformação interna promovida pelo programa.
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Sarah Taylor, fundadora da Huneebee e assistente social clínica, destaca que o processo “oferece esperança, unificação e cura” para jovens que muitas vezes enfrentam desafios emocionais complexos. Pesquisas recentes reforçam esse impacto: veteranos militares e estudantes universitários que praticam apicultura reportam reduções significativas de estresse e melhoras na saúde mental, pode ler-se no ZME Science.
Além de cultivar mel, os participantes cultivam uma nova identidade e uma comunidade solidária. Para Alex Guzman, uma ex-aluna que superou bullying e ansiedade social, a apicultura foi um ponto de virada que a transformou em instrutora júnior, capaz até de falar em público — algo inimaginável antes do contato com as abelhas.
O Projeto Huneebee prova que, no zumbido constante das abelhas, há mais do que um som: há uma oportunidade de cura, pertença e esperança. Uma verdadeira lição da natureza sobre resiliência e renovação.
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