No dia 14 de novembro assinala-se o Dia Mundial da Diabetes. A diabetes é uma doença crónica frequentemente associada aos seres humanos, mas cães e gatos também podem ser afetados. Neste âmbito, a AniCura reforça a importância de reconhecer os sinais e fatores de risco da doença, bem como a relevância de consultas veterinárias regulares. O diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado são essenciais para garantir qualidade de vida aos animais de companhia.
A diabetes é uma condição em que o organismo não consegue produzir ou utilizar adequadamente a insulina, hormona responsável por regular a glicose no sangue. Nos animais, a doença pode surgir tanto em cães como em gatos, sendo mais comum em animais adultos e idosos. Alguns fatores de risco incluem obesidade, predisposição genética, doenças pancreáticas e determinados medicamentos.
Identificar a diabetes nos animais pode ser desafiante, pois os sintomas nem sempre são óbvios. Alguns sinais a observar incluem: Sede e urina em excesso (polidipsia e poliúria), perda de peso apesar do apetite normal ou aumentado, letargia ou cansaço, mudanças de comportamento, como maior irritabilidade ou isolamento e infeções recorrentes na pele ou no trato urinário.
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Detetar a doença precocemente faz a diferença para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações.
Em maio de 2025, um gato adulto de oito anos foi internado no AniCura +Ani+ Hospital Veterinário com dificuldade respiratória severa e excesso de peso. Após estabilização respiratória, exames revelaram um quadro compatível com asma felina e valores consistentemente elevados de glicose e corpos cetónicos, levando ao diagnóstico de diabetes mellitus.
Tratava-se, portanto, de um caso de diabetes com a agravante de coexistir uma doença respiratória, cuja gestão clínica pode comprometer o controlo da diabetes: crises asmáticas exigem frequentemente o uso de corticoides, medicamentos essenciais para evitar episódios respiratórios, mas que aumentam a glicemia e dificultam a estabilização da diabetes.
Para equilibrar estes dois desafios, a equipa recorreu a uma abordagem personalizada, combinando terapêutica inalatória, redução gradual da corticoterapia oral, administração de insulina, dieta específica e controlo de peso. Após cinco dias de internamento e monitorização contínua, o animal teve alta e evoluiu positivamente, alcançando estabilidade respiratória e um melhor controlo da glicemia.
Este caso demonstra como o acompanhamento veterinário especializado permite gerir com sucesso doenças crónicas que se influenciam mutuamente, garantindo qualidade de vida ao animal.
“Com um plano de tratamento personalizado, monitorização constante e adaptação da alimentação, conseguimos que o animal mantenha uma vida ativa e feliz. A diabetes não precisa ser sinónimo de sofrimento”, afirma Paula Couto, médica veterinária do AniCura +Ani+ Hospital Veterinário.
Administração correta de insulina, monitorização regular da glicemia, alimentação adequada e consultas regulares no veterinário são essenciais para controlar a doença e manter o bem-estar do animal. Além disso, a colaboração do cuidador é crucial para observar alterações no comportamento ou nos hábitos do animal e para ajustar o plano de cuidados conforme necessário.
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