A Câmara Municipal (CM) de Coimbra vai analisar e votar na Reunião de Câmara, dia 5 de junho, um apoio à Orquestra Clássica do Centro (OCC) com 210 mil euros, na sequência da candidatura desta entidade ao fundo de Apoio Financeiro Municipal à Atividade Permanente para 2023 de Entidades com Gestão de Equipamentos Culturais Municipais. Este montante destina-se a suportar as despesas de atividade permanente, administrativas e de gestão do Pavilhão Centro de Portugal, afiança a autarquia liderada por José Manuel Silva.
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Este ano, a Orquestra Clássica do Centro vai receber 185 mil euros, para apoio ao desenvolvimento da atividade permanente, e 25 mil euros, para apoio às despesas administrativas de funcionamento e de gestão do Pavilhão Centro de Portugal, totalizando 210 mil euros. A proposta prevê, ainda, conceder, automaticamente, um apoio pontual suplementar anual, até ao limite de 10 mil euros, na condição de que as despesas associadas ao funcionamento e gestão do equipamento municipal Pavilhão Centro de Portugal ultrapassarem o apoio concedido e desde que tal seja comprovado pela apresentação das respetivas faturas e solicitado pela entidade em causa.
Este ano, a atividade proposta pela OCC assenta em nove eixos de ação, com destaque para os concertos de Ano Novo, Carnaval, Dia da Cidade e Natal ou concertos temáticos; bem como o programa “Desconstrução”, que destacará a importância da cultura enquanto instrumento de reforço da integração e coesão social e da intervenção comunitária, assim como da sua relevância política, económica e social; ou ainda as atividades pedagógicas com escolas, integradas no tema da exposição patente no Pavilhão Centro de Portugal “Vamos Falar de Crianças – Assuntos Sérios – Os Direitos Humanos das Crianças”.
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A OCC procura, também, sensibilizar para as artes e para a cultura em geral, através de Encontros com…, conferências, workshops, cafés-concerto, exposições, recitais, promoção de jovens músicos, colaborações com associações e entidades, como sejam a comunidade Ucraniana, Guineense ou de Cabo Verde residentes na cidade e IPSS locais, resultado de protocolos de colaboração de longa data e outros que, de ano a ano, aumentam a lista de entidades parceiras da OCC que contribuem, também, para a dinamização do Pavilhão Centro de Portugal.
A internacionalização é outra das vertentes. As parcerias para 2023 abrangem iniciativas (com músicos da OCC e solistas) em países como Itália, Espanha (intercâmbio com orquestra de Salamanca) e Malta.
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Por fim, mencionar a área da investigação/masterclasses/prémios jovens talentos. Além do projeto “Trovas”, resultado de uma parceria com a Universidade Nova de Lisboa/CESEM, a relação da OCC com os Conservatórios de Música de Coimbra e Escolas de Música da região (Figueira da Foz, Pombal, Guarda, Fundão, Castelo Branco), assim como o CAF – Concurso de Alunos Finalistas e Concurso Nacional de Canto (do Conservatório de Música de Coimbra), o Prémio Jovens Músicos e as masterclasses com conceituados músicos têm expressado o carácter de continuidade desta área de atuação da OCC.
Sediada no Pavilhão Centro de Portugal, equipamento cuja gestão e programação o Município confia à entidade desde 10 de junho de 2008, a OCC desenvolve uma atividade artística, cultural e pedagógica de elevada qualidade e de forma ininterrupta, assinalando este ano o seu 22.º Aniversário. De recordar, ainda, o facto da OCC ter sido contemplada, no âmbito de candidatura quadrienal ao Apoio Sustentado às Artes, da Direção-Geral das Artes, na área da música. Obteve, assim, um apoio no montante global de 1,2 milhões de euros para o projeto “TERRA – em 4 andamentos”, o que equivale à atribuição de 300 mil euros anuais, até 2026.
Constituída por 32 elementos, a OCC revela uma elevada qualidade artística e cultural, patente nas suas apresentações, e uma dinâmica estrutural versátil, já que se apresenta em concertos com a sua formação clássica, realiza pontualmente concertos com uma densidade tímbrica e orquestral sinfónica e, ainda, com formações de câmara (trios, quartetos, quintetos, sextetos, entre outras), permitindo-lhe disponibilizar um leque variado de programas, com amplo repertório concertístico (da Renascença até à atualidade, de consagrados autores do panorama nacional e internacional), adaptados a diferentes contextos e espaços.
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