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Orquestra Clássica do Centro já é Organização Não Governamental para o Desenvolvimento

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 08-02-2016

A Associação da Orquestra Clássica do Centro (OCC) foi reconhecida pelo Instituto Camões como Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), o que lhe abre a possibilidade de reforçar a cooperação com os países de língua oficial portuguesa.

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pavilhão centro de portugal

Desde 2014 que a OCC, com sede em Coimbra, tem tido uma colaboração regular com o Ministério da Cultura de Cabo Verde, nomeadamente com a integração dos seus músicos na recém-criada Orquestra Nacional do país.

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Nas deslocações a Cabo Verde também se tem empenhado na criação de novos públicos para a música erudita e na promoção musical, e colaborado com instituições da sociedade, nomeadamente com as delegações locais do Instituto Camões, instituições públicas e não governamentais.

Uma nova possibilidade se abre num momento em que o país quer integrar a aprendizagem da música no ensino básico e secundário, e o lançamento das bases de um conservatório nacional.

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Na última digressão, realizada entre 17 e 22 de janeiro, a OCC desenvolveu atividades em colaboração com uma escola básica, com a Associação de Antigos Estudantes de Cabo Verde em Coimbra e com a universidade pública de Cabo Verde, que terão continuidade no futuro.

A convite do Ministério da Cultura, um grupo de câmara da Orquestra Clássica do Centro realizou dia 20 de janeiro um concerto na sessão inaugural do Museu do Tarrafal, criado no antigo campo de concentração de presos políticos.

No âmbito desse reforço musical com Cabo Verde, o compositor Vasco Martins passa a integrar desde finais de janeiro a direção artística da OCC. As obras deste compositor caboverdiano integram o reportório da orquestra de Coimbra desde 2005.

«A participação de Vasco Martins, um dos músicos de referência na área da música erudita de origem africana, no Conselho Artístico da OCC é demonstrativo de que para nós o património cultural está indissoluvelmente ligado à identificação dos povos, sendo simultaneamente fator de desenvolvimento e, como tal, gerador de riqueza», afirma a presidente da Associação da Orquestra Clássica do Centro.

Na perspetiva de Emília Cabral Martins, o contacto com culturas diferentes é um fator importante na construção de uma cultura cada vez mais global, sendo a música, como linguagem universal, um veículo privilegiado nessa mesma construção e divulgação, podendo criar condições para o estreitar de relações, através de pontes a estabelecer entre os povos.

«Com um Conselho Artístico, que conta agora com a colaboração de músicos como Vasco Martins, contribui-se para o entrosamento das culturas dos dois países, colaborando ainda decisivamente na afirmação internacional da cultura coimbrã», acentua a presidente da Associação.

Entende ainda que a atribuição do estatuto de ONGD vem potenciar o trabalho de colaboração com outros países, nomeadamente Cabo Verde, em diversas áreas, em que se destaca a formação musical, que poderá assim ter uma continuidade frutuosa.

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