Muitas pessoas já sentiram as orelhas subitamente vermelhas e com uma sensação de calor. Embora possa parecer apenas uma reação pontual, este sintoma pode ter várias origens, desde fatores inofensivos até sinais que justificam atenção médica.
De acordo com especialistas em saúde auditiva, as orelhas vermelhas e quentes podem ser provocadas por alterações bruscas de temperatura, reações emocionais intensas ou respostas alérgicas a produtos e metais, como acontece com alguns piercings. Outras causas frequentes incluem infeções, traumatismos leves e picadas de insetos, que devido à fina espessura da pele e à boa circulação da zona, podem causar inflamação imediata.
Há também condições menos conhecidas, como a síndrome da orelha vermelha, uma condição pouco comum, caracterizada por episódios repentinos e recorrentes de enrijecimento e sensação de calor em uma ou ambas as orelhas, muitas vezes acompanhados de dor ou uma sensação de ardor intenso. As causas exatas não estão totalmente esclarecidas, mas acredita-se que estejam relacionadas com uma disfunção dos nervos que controlam a circulação sanguínea na zona. Em alguns casos, esta síndrome pode estar associada a enxaquecas, problemas vasculares ou nervosos, ou até a determinados distúrbios autoimunes.
PUBLICIDADE
Os episódios podem durar desde alguns minutos até várias horas e, apesar de o enrijecimento poder parecer alarmante, geralmente não é perigoso. No entanto, quando os sintomas são frequentes ou particularmente incómodos, recomenda-se a consulta com um especialista para um diagnóstico adequado e para avaliar opções de tratamento.
“É importante que as pessoas percebam que a maioria das situações é benigna e passageira, mas episódios frequentes ou acompanhados de dor intensa devem motivar observação por um profissional”, sublinha Celso Martins, audiologista e responsável técnico da Minisom.
Em alguns casos, o enrijecimento da orelha pode ainda estar relacionado com tensão arterial elevada, embora não seja um indicador exclusivo. A presença simultânea de sintomas como dores de cabeça, palpitações ou tonturas justifica a medição da pressão arterial e eventual avaliação clínica.
A persistência dos sintomas, a presença de dor, secreção ou febre, bem como alterações na audição, são sinais que justificam avaliação especializada. O diagnóstico precoce de eventuais condições associadas pode evitar complicações e melhorar a qualidade de vida.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
