A Ordem dos Médicos insistiu hoje na necessidade de incluir nos primeiros grupos de vacinação os profissionais de saúde e as pessoas com 80 anos ou mais que já tiveram covid-19 há mais de 90 dias.
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A Ordem reclama, em comunicado, a rápida revisão da norma da Direção-Geral da Saúde que “impede a vacinação prioritária de médicos que já tiveram covid-19”.
A instituição defende que os médicos e outros profissionais de saúde com infeção prévia a SARS-CoV-2 contraíram a doença, na maioria dos casos, no exercício profissional e encontram-se novamente em risco, devido à “possibilidade de reinfeção”.
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Podem também, de acordo com a Ordem, “ser veículo de transmissão da doença na comunidade”, em particular a doentes mais fragilizados que necessitam de cuidados de saúde por patologia não-Covid.
“A evidência científica disponível documenta um risco crescente de reinfeção após os 90 dias, sobretudo nos indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos e nos imunodeprimidos”, defende a Ordem dos Médicos .
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Sustenta igualmente que deve ser considerado o aumento do risco com a circulação de novas variantes.
“Esta recomendação de vacinação segue as orientações da Organização Mundial de Saúde e já está em vigor em muitos outros países, tais como França, Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido e EUA”, lê-se no documento.
“O risco acrescido que os médicos enfrentam nas várias linhas de atividade, a existência de muitos casos de infeção recente sem tradução nos testes serológicos e o aumento da capacidade de vacinação no âmbito da resposta nacional à pandemia a SARS-CoV-2, tornam urgente a rápida revisão da norma 002/2021 da Direção-Geral da Saúde que impede que os profissionais de saúde que já estiveram infetados pelo SARS-CoV-2 possam ser vacinados na primeira fase de vacinação”, alega a OM.
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