Coimbra

Ordem dos Médicos preocupada com futuro da Unidade de Alcoologia de Coimbra

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 20-07-2015

O possível desmantelamento da Unidade de Alcoologia de Coimbra (UAC), cujo modelo de tratamento especializado conseguiu dar resposta a um dos mais graves problemas de Saúde Pública do país, está a causar instabilidade nos profissionais e grande apreensão junto dos utentes.

PUBLICIDADE

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) está atenta e preocupada. “As alterações não devem ser baseadas apenas em critérios financeiros, como tem acontecido com todas as mudanças propostas pelo Ministério da Saúde”, alerta o Presidente da SRCOM.

Para Carlos Cortes, “compete ao Ministério da Saúde – que pretende integrar a Unidade de Alcoologia de Coimbra no Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – assegurar a excelência desta resposta e envolver os profissionais de Saúde no novo modelo proposto, que se mantém na penumbra, criando uma desnecessária instabilidade aos profissionais e aos doentes”.

PUBLICIDADE

 A Unidade de Alcoologia de Coimbra tem centenas de doentes em acompanhamento, num programa estruturado de tratamento,em que o internamento é uma fase acompanhada por uma experiente equipa multidisciplinar especializada, uma mais-valia quenão pode ser esquecida.

Com edifício no Hospital Sobral Cid, a Unidade de Alcoologia de Coimbra, após a extinção do Instituto da Droga e Toxicodependência, foi integrada na Administração Regional de Saúde do Centro.

Segundo dados recolhidos pela SRCOM, nos últimos 11 anos (2004/2014), a Unidade de Alcoologia de Coimbra efetuou 5473 internamentos, teve 6870 novos utentes, tendo realizado 120 339 consultas externas.

PUBLICIDADE

publicidade

Segundo Carlos Cortes, “qualquer mudança deve sempre resultar em ganhos assistenciais”. O Presidente da SRCOM assume a sua preocupação para com os doentes e pugna por uma resposta fundamentada ao problema da alcoologia na região. Nesse sentido, irá solicitar uma reunião à Direção da Unidade e à Direção do Centro de Responsabilidade Integrado de Psiquiatria,para assegurar que os doentes não são prejudicados e que todos os profissionais são envolvidos.

“Este é mais um exemplo das decisões que são tomadas sem existir fundamentação técnica consistente e envolvimento dos profissionais na obtenção de soluções”, conclui Carlos Cortes.

 

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE