Saúde

Ordem dos Médicos pede que se mantenha a confiança nas vacinas

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 09-04-2021

A Ordem dos Médicos apelou hoje aos cidadãos para que mantenham “a confiança na eficácia e segurança das vacinas” contra a covid-19 e pediu que se clarifique “com rigor” a situação de quem aguarda a segunda dose.

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“Os cidadãos podem manter a confiança na eficácia e segurança das vacinas, bem como nas novas recomendações relacionadas com a idade, à luz da atual evidência científica”, transmitiu hoje, em comunicado, o Gabinete de Crise para a covid-19 da Ordem dos Médicos.

A entidade representativa da profissão sublinhou que adesão da população ao Plano Nacional de Vacinação “é essencial” para se conseguir vencer o vírus SARS-CoV-2.

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Na mesma nota, a Ordem dos Médicos realçou ser importante “clarificar com rigor, transparência e celeridade a situação relacionada com os indivíduos previamente vacinados e que se encontram a aguardar a administração da segunda toma”.

Para a estrutura dirigida por Miguel Guimarães, o plano de vacinação, a segurança das vacinas e os mecanismos de farmacovigilância são dossiers que devem ser geridos “de forma integrada”.

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“A divulgação das decisões sobre as diferentes vacinas deveria ser acompanhada da respetiva fundamentação técnica dos pareceres da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), Direção-Geral da Saúde e Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19, como forma de reforçar a transparência e a tranquilidade junto dos cidadãos”, preconizou a Ordem dos Médicos.

O organismo presidido por Miguel Guimarães acrescenta que Portugal, ao presidir ao Conselho da União Europeia (UE), “tem a vantagem de poder trabalhar posições de convergência com os vários países, para que a Europa encontre pontos de união, coesão e coerência nas decisões tomadas relativamente às vacinas”.

A Ordem dos Médicos alertou ainda, no mesmo documento, para que não se esqueça “a proteção dos países mais desfavorecidos”, especialmente a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O primeiro-ministro, António Costa, lamentou hoje a ausência de uma posição comum europeia sobre a vacina da AstraZeneca, defendeu poderes reforçados para a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) e advertiu que não se deve colocar em causa a vacinação.

“No âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, a ministra da Saúde, Marta Temido, promoveu uma reunião com todos os homólogos e com a Comissão, tendo em vista uma posição conjunta de todos os Estados-membros. Tenho muita pena que não tenha sido possível haver essa posição comum [em relação à vacina da AstraZeneca], porque isso reforçava a confiança de todos”, disse o líder do executivo.

Perante os jornalistas, o primeiro-ministro advertiu que terão de ser introduzidos “ajustamentos” no plano de vacinação nacional, já que poderão “sobrar algumas doses da vacina da AstraZeneca enquanto se mantiverem as atuais contraindicações”.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou na quinta-feira que as autoridades nacionais efetuam uma “boa farmacovigilância” das vacinas contra a covid-19 e que, em Portugal, não foram reportados casos fatais relacionados com administração desses fármacos.

Segundo o presidente do Infarmed, Rui Ivo, foram reportadas “apenas duas situações”, uma relacionada com a vacina da AstraZeneca e outra com uma outra vacina, que não especificou.

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