Hospitais do Centro sem resposta consistente na proteção da saúde dos seus funcionários

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 26-03-2018

 

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A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) denuncia a falta de médicos especialistas em Medicina no Trabalho nos hospitais da região Centro e a total despreocupação do Ministério da Saúde com esta área tal como a situação do sarampo veio evidenciar.

carlos cortes

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Atendendo à gravidade desta situação e face  ao crescente número de casos de sarampo, o presidente da SRCOM, Carlos Cortes, vem chamar a atenção para esta “inadmissível falha do Ministério da Saúde para com os seus profissionais”. Acrescenta: “Esta postura mostra bem como o Ministério da Saúde desvaloriza a saúde e o bem-estar dos seus colaboradores”.

“A Ordem dos Médicos não pode ficar indiferente a esta falha grave, já que o Ministério da saúde não cumpre a legislação. No atual contexto, a SRCOM repudia ainda o recurso a empresas de subcontratação para suprir estas lacunas graves, uma vez que, na Região Centro, não existem especialistas em Medicina no Trabalho nos serviços internos do Centro Hospitalar de Leiria, no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco e Centro Hospitalar Cova da Beira.

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“Foram reportados à Ordem dos Médicos casos em que se pretendem contratar serviços de médicos do Trabalho, através de empresas de prestação de serviços, prejudicando a ligação entre a Saúde ocupacional e os seus funcionários. Mais: esta subcontratação seria, aliás, efetuada por um preço mais elevado do que se paga a um assistente graduado sénior em fim de carreira hospitalar. É escandaloso e atentatório da realidade a que assistimos nos hospitais da região Centro!”, critica o presidente da SRCOM.

“Todos os hospitais têm riscos biológicos, não podendo os seus profissionais de saúde  ficar à mercê das cativações do Ministério das Finanças. Está em causa a proteção da saúde dos profissionais de saúde”, alerta Carlos Cortes.

O presidente volta a frisar, em jeito de conclusão: “Esta situação, face ao surto de sarampo, uma das doenças mais contagiosas, coloca os profissionais de saúde sem qualquer resposta nas suas unidades de Saúde. Um Ministério da Saúde que não se preocupa com a saúde dos seus funcionários é um Ministério da Saúde que também não se preocupa com a saúde dos doentes. É necessário valorizar a Saúde Ocupacional  e a especialidade da Medicina do Trabalho”.

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