Política

Oposição em Coimbra classifica primeiro ano do novo executivo como “dececionante”

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 18-10-2022

A oposição em Coimbra classifica o primeiro ano de mandato de José Manuel Silva à frente da Câmara como “dececionante” ou feita de “inconseguimentos” e considerou que pouco foi feito num ano.

PUBLICIDADE

“Foi um ano marcado por muitos ‘inconseguimentos’. Houve muitas promessas e, afinal, houve muito pouca coisa que o executivo conseguiu fazer”, afirmou à agência Lusa a vereadora do PS Regina Bento.

José Manuel Silva, que liderava a coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt), conquistou a Câmara de Coimbra ao PS, que recandidatava Manuel Machado para o seu terceiro e último mandato consecutivo.

PUBLICIDADE

Um ano depois, Regina Bento, que assumiu pelouros no anterior mandato, considera que José Manuel Silva “limitou-se a concluir obras do anterior executivo” e que “não há coisas novas a apontar, tirando a mudança de nomes de salas [referência à atribuição do nome Sala Afonso Henriques à Antiga Igreja do Convento São Francisco]”.

A vereadora nota ainda a demora na reestruturação orgânica da Câmara de Coimbra (apenas foi apresentada a estrutura nuclear) e o chumbo da internalização dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) na Assembleia Municipal, onde a coligação Juntos Somos Coimbra não tem maioria.

PUBLICIDADE

publicidade

“O contexto, naturalmente, não é fácil, mas o contexto dos últimos dois anos do anterior executivo também não foi fácil, no âmbito da pandemia. O que se está a notar é que é mais fácil falar do que fazer. Enquanto estava na oposição, o presidente dizia que fazia tudo e resolvia tudo e não é assim”, apontou Regina Bento, que acredita que o confronto com a realidade “é relevador da grande impreparação do executivo para governar a cidade”.

Como exemplo dessa impreparação, Regina Bento aponta para o caso da educação e para o primeiro ano letivo preparado pelo atual executivo, em que ainda há crianças com necessidades educativas especiais sem transporte assegurado.

Já Jorge Gouveia Monteiro, do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC), que elegeu dois deputados na Assembleia Municipal, classifica o primeiro ano de “dececionante”.

“Poucas vezes terá havido uma vaga de alteração eleitoral como houve o ano passado e a verdade é que essa expectativa de mudança se gorou. Não está a ter êxito”, frisou o cabeça de lista do CpC à Câmara de Coimbra.

Ausência de investimento no arrendamento acessível ou a falta de debates públicos promovidos pelo município sobre as grandes questões da cidade são algumas das questões que apontou.

Já na área da cultura, notou “alguma melhoria”, esperando, no entanto, que a dinâmica neste campo “não fique dependente do ‘eventismo’”.

Jorge Gouveia Monteiro destacou ainda “questões de estilo de governação”, considerando que o atual presidente tem uma postura de falta de diálogo que rompe laços com a sociedade civil, como refere ter acontecido no caso do abate de plátanos na avenida Emídio Navarro.

O vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós, que conta com pelouros no atual executivo, considerou também que havia “um conjunto de expectativas criadas e que, até agora, não se viu nada significativo”.

“Há algumas alterações de estilo, de mais contacto com pessoas e instituições, mas não se viu grande alteração da vida política da cidade”, constatou.

“Ainda pouco mudou e pouco aconteceu. Vamos ver”, referiu.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE