Dois dos oito detidos pela Guarda Nacional Republicana (GNR) na terça-feira ficaram sob vigilância eletrónica, enquanto os restantes têm obrigatoriedade de apresentações periódicas, após primeiro interrogatório no Tribunal de Viseu, informou à agência Lusa fonte da GNR.
Os oito cidadãos detidos na terça-feira no decorrer de uma operação da GNR, denominada ‘Dark Blood’, em Moimenta da Beira e Vila Nova de Paiva, no distrito de Viseu, e em Paredes, no distrito do Porto, ficaram hoje a saber as medidas de coação, após o primeiro interrogatório, iniciado na quarta-feira, no Tribunal de Viseu.
“Dois arguidos ficaram com vigilância eletrónica e os restantes com apresentações bissemanais em instalação policial. Todos os arguidos estão obrigados à entrega de armas que ainda detenham e estão proibidos de contactar e de adquirir armas e munições”, disse à agência Lusa a mesma fonte da GNR.
Na terça-feira, a GNR deteve oito cidadãos, sete homens entre os 22 e os 58 anos, e uma mulher de 50 anos. Seis das detenções foram no âmbito de um mandado e duas em flagrante delito, por detenção de arma proibida”, disse à agência Lusa o comandante do Destacamento da GNR de Moimenta da Beira, do Comando Territorial de Viseu.
Segundo o tenente Tiago Figueiredo, os crimes que constam no processo são de ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada e detenção de arma proibida.
Os mandados foram emitidos no âmbito de um processo-crime que estava sob investigação, desde agosto, pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Moimenta da Beira, depois de “vários desacatos, nos quais foi utilizado diverso material hoje apreendido”.
No decorrer desses mandados, foram realizadas “oito buscas domiciliárias e 23 não domiciliárias, como em veículos e em armazéns agrícolas”.
Dessas buscas resultou a apreensão de “sete armas de fogo do tipo espingarda caçadeira, três pistolas de vários calibres, uma mira telescópica, 11 armas brancas de vários tamanhos e formatos”.
E ainda “uma réplica de arma de fogo, cinco espingardas de ar comprimido de vários calibres, cinco armas de agressão (três mocas, uma azagaia de madeira e uma soqueira), cerca de 300 munições de vários calibres e 11 telemóveis”.
A operação contou com cerca de 80 militares da GNR de diversos destacamentos e postos dos Comandos Territoriais da GNR de Viseu e Porto.
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