Região
Ondas perigosas provocadas por furacão deixam praias da Figueira da Foz “restritas” até ao final do mês
O Notícias de Coimbra está na Figueira da Foz acompanhando a situação marítima preocupante na costa local. O comandante do Porto da Capitania da Figueira da Foz, Pedro Cervaens Costa, confirmou que a agitação marítima vai manter-se acima da média para o mês de agosto até a próxima sexta-feira, dia 29.
“Importa neste período manter todos os cuidados necessários, nomeadamente quem está de férias e vai à praia”, explicou o comandante.
O alerta surge após um incidente na praia do Cabedelo, em Buarcos, que, segundo o responsável, “acabou por salvar uma vida, mas podia ter terminado em tragédia. A postura dos nadadores salvadores foi fundamental, prevenindo várias situações de risco”.
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O comandante reforçou a importância de respeitar as indicações dos nadadores salvadores e a sinalização das praias. “A bandeira vermelha significa proibição de ir à água. São comportamentos que todas as pessoas devem adotar para naturalmente se prevenir ocorrências de maior gravidade”, sublinhou.
Mesmo em praias com ondulações mais intensas, onde a maré sobe rapidamente e o areal desaparece, é fundamental que os banhistas adotem precauções. “Convém que as pessoas comecem a sair da praia, porque há praias que ficam sem areia e o risco aumenta com fortes correntes de retorno. É muito difícil alguém resistir a estas correntes, criando situações de grande gravidade”, alertou.
O comandante explicou ainda a origem da agitação incomum para esta altura do ano. “É devido a um furacão que decorreu no Atlântico, propagando energia pelo oceano. Além disso, estamos em marés grandes, que fazem a ondulação chegar mais perto da costa e com mais energia”, disse.
Apesar da ondulação estar a diminuir, as bandeiras continuam vermelhas em toda a extensão das praias vigiadas. “A melhor opção é não vir à praia ou, se vier, frequentar praias vigiadas, perguntar aos nadadores quais as zonas seguras e respeitar a proibição da bandeira vermelha. Não é um conselho, é uma infração se não for cumprida”, alertou.
O Notícias de Coimbra constatou que muitas pessoas já abandonaram a praia da Tamargueira devido à subida da maré e à forte agitação marítima, mas ainda há quem caminhe junto à água, ignorando o alerta das autoridades.
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