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OMS Europa promete assistência médica a migrantes na fronteira bielorrussa-polaca

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 22-11-2021

O diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, prometeu hoje que será fornecida assistência médica aos migrantes retidos há mais de duas semanas na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia.

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A promessa foi feita durante uma visita de Hans Kluge ao centro de logística e transporte de Bruzgui, na Bielorrússia, onde estão alojados cerca de 2.000 migrantes desde terça-feira passada.

“Vamos discutir com as autoridades regionais a prestação de medidas adicionais de ajuda. Em primeiro lugar, recursos médicos contra doenças crónicas e para a profilaxia do novo coronavírus” que causa a doença covid-19, disse o responsável regional da OMS, citado pela agência noticiosa bielorrussa Belta.

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Lembrando que se aproxima “um inverno difícil”, Hans Kluge defendeu que o uso de máscara e a vacinação, entre outras medidas, vai ajudar a conter o avanço da pandemia.

Durante a meia hora que durou a sua visita ao centro de logística, Kluge conversou com vários migrantes, que reiteraram o seu desejo de entrar na Europa.

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O responsável da OMS Europa evitou, no entanto, avaliar as ações das autoridades na linha de fronteira, apesar das muitas denúncias dos migrantes sobre o uso de gás lacrimogéneo, entre outros meios dissuasores, pelos militares polacos para impedir e dispersar tentativas de atravessar a fronteira, afirmando que esses assuntos não são da sua competência.

Nas últimas semanas, milhares de migrantes – algumas fontes apontam para cerca de 2.000 pessoas, enquanto outras falam em cerca de 10.000 pessoas – têm tentado cruzar a fronteira bielorrussa-polaca.

Encurraladas na zona de fronteira e “empurradas” por ambos os países de um lado para o outro, estas pessoas estão a sobreviver em condições que a OMS descreveu como “difíceis e preocupantes”.

Segundo a ONU, estão atualmente 1.833 migrantes e refugiados no centro de logística, a maioria dos quais oriundos do Médio Oriente.

A União Europeia (UE) acusa Minsk de os ter atraído com vistos de turismo e promessas de facilidade de entrar na Europa, levando-os para a fronteira externa dos 27 para tentar desestabilizar o bloco comunitário, como retaliação pelas sanções impostas por Bruxelas ao regime bielorrusso.

Por seu lado, o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, acusou a UE de não apresentar uma solução para esta crise migratória e apelou à Alemanha para que receba os migrantes.

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