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OMS alerta que a estabilização mundial do número de novos casos não significa fim da “tempestade”

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 13-08-2020

Uma estabilização do número de novos casos de covid-19 a nível mundial “não significa que a tempestade tenha acabado”, afirmou hoje o diretor do programa de emergências sanitárias da Organização Mundial de Saúde, recomendando que continue a “vigilância absoluta”.

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Em conferência de imprensa na sede daquela agência das Nações Unidas, Michael Ryan afirmou, quando questionado sobre um “planalto” no número de novos casos nos últimos 30 dias (entre 250.000 e 260.000), que “águas calmas não significam que a tempestade tenha acabado”.

“Podemos estar no olho da tempestade e não o sabermos”, ilustrou, salientando que a maior parte da população mundial ainda é suscetível e não esteve exposta ao novo coronavírus e que este “ainda tem um longo caminho a fazer, se lhe for permitido”.

Michael Ryan defendeu que é preciso “muito, muito cuidado” e “vigilância absoluta”: se, por um lado, países que tiveram situações críticas, como a Itália, conseguiram conter a expansão do contágio, “perderão todo o progresso conseguido se forem complacentes”.

Questionados sobre a vacina que foi anunciada pela Rússia esta semana como sendo eficaz e pronta a usar a partir de janeiro, os responsáveis da OMS mantiveram a cautela, salientando que há cerca de 170 vacinas candidatas e que 26 estão na fase de testes clínicos.

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“Nenhuma das vacinas-candidatas terminou os ensaios clínicos. Ainda não sabemos qual será eficaz e segura”, afirmou a diretora-geral adjunta, Mariângela Simões.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, reiterou que o mundo “precisa de várias [vacinas] candidatas para maximizar as hipóteses de encontrar uma solução vencedora” e que o caminho para encontrar qualquer vacina

Sobre a vacina russa, a OMS “não tem ainda informação suficiente, mas está em contacto com a Rússia”.

Tedros Ghebreysus voltou a criticar o “nacionalismo de vacinas” manifestado por alguns países, defendendo que a melhor maneira de encontrar uma ou várias vacinas de tipos diferentes e de estas terem um efeito positivo é as nações agirem em conjunto.

A OMS reconhece que quando houver uma vacina provada, “a procura vai superar a oferta”, o que acarreta “o risco de preços inflacionados”.

O mecanismo lançado pela OMS para uma colaboração global no desenvolvimento e fornecimento equitativo de vacinas (COVAX) tem atualmente nove vacinas nas fases dois e três, que visam avaliar a sua eficácia e segurança.

Tedros Ghebreyesus voltou a pedir mais verbas para o acelerador de vacinas e tratamentos da covid-19, que ainda só tem dez dos mais de cem milhões que a OMS estima serem necessários só para criar vacinas, e que não podem vir apenas das ajudas ao desenvolvimento tradicionais que os países membros da organização contribuem.

O diretor-geral da OMS considerou que esse investimento é pouco para o estrago que o Fundo Monetário Internacional estima que a covid-19 está e vai fazer na economia mundial: 375 mil milhões de dólares por mês e 12 triliões de dólares acumulados ao longo de dois anos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 749 mil mortos e infetou mais de 20,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.770 pessoas das 53.548 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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