Política

Oliveira do Hospital: Bloco de Esquerda diz que só saberão se medidas de apoio são suficientes daqui a um mês 

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 25-08-2025

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, considerou hoje que só daqui a um mês é que se saberá se o conjunto de medidas de apoio e mitigação do impacto dos incêndios rurais é suficiente.

“Penso que saberemos se são ou não são suficientes daqui a um mês. Neste momento as pessoas não perceberam ainda muito bem como é que vão ser ressarcidas pelos prejuízos. E uma coisa são as regras e depois a sua aplicação é outra coisa”, sublinhou.

No final de uma visita a um agricultor da freguesia de Avô, no concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, que viu as chamas terem atingido os seus bens nos últimos dias, tal como já tinha acontecido em 2017, Mariana Mortágua lembrou aos jornalistas que também há cerca de oito anos “muitas pessoas acabaram por ficar com o prejuízo e não foram compensadas por esse prejuízo”.

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“Essa é uma avaliação que vamos fazer depois. Acho que há tantas razões para haver combate político e crítica política, não temos que inventar onde elas não existem, desde que os apoios cheguem ao terreno o mais rapidamente possível”, referiu.

De acordo com Maria Mortágua, além das medidas imediatas de apoio às populações, é preciso que os prometidos apoios aos bombeiros também sejam executados.

“Recordo que nestas medidas não havia nenhuma para os bombeiros que estão a combater os incêndios, muitas vezes com custo pessoal, até da sua vida. E por isso cabe-nos a nós, acho que esse é o papel da política, do Parlamento, no momento a seguir, investigar e fazer propostas que a longo prazo possam garantir ao Hélder [agricultor da freguesia de Avô] e qualquer pessoa que quer fazer da sua vida a agricultura e a utilização do território, que vale a pena ficar”, sustentou.

Segundo a líder do BE, é necessário contribuir para que as pessoas saibam que vale a pena ficar no interior, sendo para isso “preciso investir”.

“E investir não é só dar benefícios fiscais às grandes empresas, para fazer um supermercado ou um polo tecnológico, que depois fica vazio no futuro. Investir também é investir no território, na diversificação das espécies e na proteção florestal”, concluiu.

O diploma do Governo que estabelece medidas de apoio e mitigação do impacto de incêndios rurais entra hoje em vigor, com efeitos a 01 de julho, de acordo com o texto publicado no domingo em Diário da República.

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