Lousã pelo Ramal protesta: “Faz oito anos que perdemos o comboio!”

O movimento de cidadãos promove no sábado, dia 2, pelas 11 horas, uma Concentração – Protesto, junto à estação ferroviária da Lousã.

Uma imagem do passado
Nesta data, há oito anos, foi iniciado o desmantelamento do centenário ramal ferroviário, altura em que deixaram de circular os comboios entre Serpins e Miranda do Corvo.
PUBLICIDADE
O movimento lembra que “apesar das repetidas promessas do Governo, até agora sem qualquer efeito, os utentes e demais cidadãos continuam a exigir a reposição urgente da circulação ferroviária entre Serpins e Coimbra Parque”.
Exige-se que o Estado devolva às populações o serviço público de transporte ferroviário que foi roubado!”
“A solução para o Ramal da Lousã deve ter a maior prioridade e não pode continuar dependente de um projeto para um metro fantasma, anunciado há mais de 20 anos, que tem representado o esbanjamento de muitos milhões dos contribuintes e uma grave malfeitoria para os utentes e a região”, salienta.
O movimento Lousã pelo Ramal afirma ainda que continuará a bater-se pela urgente reposição da circulação de comboios nesta linha centenária, inaugurada em 16/12/1906, faz 111 anos, tal como se exige na petição apoiada por mais de 8 mil pessoas apresentada ao Parlamento e ao Governo.
Segundo o movimento, com a reintegração do Ramal na Rede Ferroviária Nacional, conforme se prevê nas resoluções aprovadas em fevereiro na Assembleia da República, será possível a inclusão das obras no plano de investimentos para a ferrovia nacional, anunciado pelo Governo (2 mil milhões de euros), aproveitando os financiamentos europeus disponíveis para este efeito.
A devolução da mobilidade ferroviária entre Serpins e Coimbra Parque é um ato de elementar justiça que tem de ter a maior prioridade política, tanto mais que o Governo vai avançando (e bem) com obras noutras linhas ferroviárias, frisa o movimento Lousã pelo Ramal.
Os utentes e populações da região esperam há oito anos por justiça e não podem tolerar mais adiamentos e falsas promessas, conclui o movimento.
Recordamos que o Governo escolheu um modelo de autocarro “exclusivamente elétrico”, após o LNEC ter ponderado também a propulsão a gás natural comprimido e híbrida, que foram recusadas.
A proposta de investimento no “sistema metrobus” prevê a aquisição de uma frota de 43 autocarros elétricos, que, se não houver mais atrasos, vão circular a partir de 2020-21.
O estudo rejeita a reposição do comboio no Ramal da Lousã, ao contrário do que era recomendado pela Assembleia da República em diferentes resoluções aprovadas em fevereiro.
Em junho, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas defendeu as vantagens do ‘metrobus’ entre a Lousã e Coimbra, estimando que este sistema de transporte permita aumentar a procura até dez vezes mais do que a ferrovia pesada.
O projeto de mobilidade para o ramal ferroviário e a cidade de Coimbra com que o Governo se comprometeu junto das autarquias envolvidas deverá custar 89,3 milhões de euros.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
You must be logged in to post a comment.