O presidente da Câmara Municipal de Coimbra disse hoje que a receita da ocupação a 100% do Business Center Leonardo Da Vinci, no iParque “não chega sequer para pagar o serviço de segurança” do espaço. José Manuel Silva afirmou “que é preciso mudar algo para se conseguir a sustentabilidade” e revelou que amanhã vai ser realizada uma reunião com o conselho de administração para avaliar “vários cenários possíveis”.
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O assunto foi esta segunda-feira à reunião do executivo da Câmara Municipal de Coimbra que deu conhecimento da operação para equilíbrio das contas de 2021, tendo a autarquia (detentora de mais de 90% das ações) injetado 105 mil euros na Sociedade iParque – Parque para a Inovação em Ciência Tecnologia e Saúde. ” A Câmara de Coimbra é o único acionista que tem cumprido regularmente com a obrigação contratual para equilibrar as contas do iParque”, disse José Manuel Silva aos jornalistas no final dos trabalhos.
“O iParque enfrenta grandes desafios financeiros”, afirmou o presidente, explicando que “as contas equilibraram-se apenas devido à falência do BES”, tendo sido possível uma redução da dívida para “25% do que existia”.
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“Mesmo com o edifício Da Vinci cheio não chega para pagar a segurança do espaço 24 horas por dia”, precisou o autarca, revelando que “já foram vendidos alguns lotes da Fase II, mas “isso, em si, não é suficiente para garantir a sustentabilidade”.
No plano de desenvolvimento do iParque pode ler-se que “no futuro, serão disponibilizados, de forma gradual, 20 novos lotes para empresas e novos espaços de escritório no edifício Nicola Tesla, especialmente concebido para esse efeito. Serão também disponibilizados novos espaços desportivos e de lazer. O Plano de Pormenor do parque prevê ainda uma zona residencial e de comércio/serviços”. No entanto, José Manuel Silva considera que os projetos, nomeadamente o edifício Tesla, que carece de “espaço e financiamento”, terão de ser “repensados”.
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Durante a reunião, o presidente frisou que o espaço esteve “vários anos sem manutenção” e que tem neste momento “o refeitório e o restaurante encerrados”, a aguardar um novo concurso, o que se revela “um problema para os funcionários que não têm onde fazer as refeições”.
Segundo o autarca, o iParque é um “espaço importante para o concelho e para a região, mas não terá sido pensado da melhor maneira”. Nesse sentido, José Manuel Silva defende que “é preciso mudar algo para primeiro conseguir e depois garantir” a sua sustentabilidade.
Amanhã a Câmara de Coimbra irá reunir-se com o Conselho de Administração do iParque que irá apresentar “vários cenários” para o futuro do espaço.
Veja o direto NDC com José Manuel Silva:
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