Coimbra

Obras na Casa do Cinema de Coimbra ficam a aguardar decisão da Câmara

Notícias de Coimbra | 1 hora atrás em 24-10-2025

 As obras de requalificação da Casa do Cinema de Coimbra, antiga sala de cinema do Avenida, já têm todos os “trâmites burocráticos” cumpridos, ficando a depender de decisão do próximo executivo da Câmara Municipal, afirmou hoje responsável.

“Cumprimos já todos os trâmites burocráticos. Foram precisos imensos pareceres e documentos técnicos. Do nosso lado, do lado técnico, está feito”, disse Tiago Santos, diretor do festival Caminhos, uma das três entidades que gere a antiga sala 2 do Avenida, reativada em 2021.

Questionado pela agência Lusa durante a apresentação da 31.ª edição do festival, o responsável afirmou que a decisão de avançar ou não com obras de requalificação “é uma decisão política” a ser tomada pelo próximo executivo da Câmara de Coimbra, que toma posse a 04 de novembro.

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Também presente na conferência de imprensa, a diretora do Departamento de Cultura e Turismo da Câmara de Coimbra, Maria Carlos Pêgo, aclarou que o processo foi complexo e obrigou a recolher várias autorizações e pareceres, com projetos de especialidades a terem de ser submetidos a diversas entidades para a intervenção naquele espaço comprado pelo município em 2022.

“Recebemos o último parecer e, neste momento, a Câmara de Coimbra tem todos os documentos para submeter [a requalificação] a financiamento e terá de ser uma decisão do próximo executivo”, explicou, referindo que o investimento previsto é de cerca de meio milhão de euros.

Questionado sobre quando é que as obras deveriam avançar, Tiago Santos disse apenas que as entidades que gerem a Casa do Cinema de Coimbra têm uma capacidade de intervenção mínima sobre o espaço, mas admitiu que se está a chegar “a um ponto de rutura”.

Sobre as possibilidades de exibição aquando das obras de requalificação, o responsável afirmou que estão a ser estudadas várias possibilidades, como o uso do espaço Salgado Zenha, no edifício da Associação Académica de Coimbra, que é “uma sala competente e confortável”, estando também em vista uma parceria com “uma entidade exibidora da cidade”.

Para Tiago Santos, é fundamental assegurar uma solução durante as obras, caso estas avancem, para que “o projeto não esmoreça”.

Sobre a vitalidade do Caminhos, o coordenador recordou que a associação passou de 19 sócios em 2019 para cerca de 220, com o aumento a estar muito relacionado com a abertura da Casa do Cinema de Coimbra.

“Mostramos que há cinema nas galerias Avenida, numa sala sem pipocas nem refrigerantes e outras distrações, porque acreditamos que isso funciona a nosso favor”, vincou.

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