A obra Conimbriga: a vida de uma cidade da Lusitânia, de Virgílio Hipólito Correia, é a vencedora da 16.ª edição do Prémio Joaquim de Carvalho, instituído pela Imprensa da Universidade de Coimbra (IUC). O galardão – que, nesta edição, volta a contar com o apoio da The Navigator Company – vai ser entregue numa cerimónia na quinta-feira, 2 de outubro, a partir das 12:00, na Sala do Senado da UC.
O Prémio Joaquim de Carvalho, no valor de 3000 euros, distingue trabalhos de investigação ou divulgação científica que tenham sido publicados pela Imprensa da Universidade de Coimbra no ano imediatamente anterior [a 16.ª edição reporta a obras editadas em 2024]. Este galardão, atribuído por um júri multidisciplinar, homenageia uma figura ímpar da história da IUC: Joaquim de Carvalho, académico humanista, republicano e demoliberal, que foi o último diretor da Imprensa da UC antes da extinção decretada em 1934 pelo então primeiro-ministro António de Oliveira Salazar [a IUC só seria reativada em 1998].
De acordo com o júri, a obra Conimbriga: a vida de uma cidade da Lusitânia “reúne informações de relevante valor histórico, que a tornam um contributo ineludível para futuras investigações”.
A cerimónia de entrega do Prémio Joaquim de Carvalho vai ter intervenções da Diretora da Imprensa da UC, Carlota Simões; do Diretor de Legal, Public Affairs e Comunicação da The Navigator Company [empresa com forte ligação à Figueira da Foz, terra-natal de Joaquim de Carvalho], António Neto Alves; do autor premiado, Virgílio Hipólito Correia; e do Reitor da UC, Amílcar Falcão.
“Conimbriga: a vida de uma cidade da Lusitânia” oferece uma visão completa da arqueologia do principal sítio arqueológico português, desde as suas origens na Pré-história recente até à sua desertificação nos alvores da Idade Média. A ocupação da cidade romana e do seu território, que beneficia de 130 anos de investigação arqueológica é um dos aspetos centrais da obra, indispensável para compreender um elemento essencial da história da província romana da Lusitânia.
Virgílio Hipólito Correia é um arqueólogo formado nas universidades do Porto e de Coimbra. Trabalhou no Serviços Regional de Arqueologia do Sul, do Instituto Português do Património Cultural e, posteriormente, no Museu Monográfico de Conimbriga, que dirigiu entre 1999 e 2017.
A sua bibliografia toca variados temas, das Idades do Bronze e do Ferro ao período Romano e à Gestão do Património. Destacam-se as suas investigações sobre a Epigrafia pré-latina do Sudoeste da Península Ibérica, a Ourivesaria Arcaica e a cidade de Conimbriga, nomeadamente sobre a arquitetura doméstica e sobre as últimas fases de ocupação da cidade.
Atualmente é Arqueólogo no Museu Nacional de Conimbriga, Investigador Integrado no Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra e Membro Correspondente do Instituto Arqueológico Alemão.
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