Neste país, Portugal, crescem a fome, a falta de abrigo, o deslaçar social. Tudo, via salários baixos com que agora querem, ainda mais, flexibilizar regimes laborais que são muito rígidos” de modo a aumentar a “competitividade da economia e promover a produtividade das empresas.
Não sei, habituado a fazer pela vida, já vi de tudo. Indemnizações se no fim do contrato for para outra empresa em dois anos; contrato a termo certo que só serve para um mês, fundo o período experimental a coisa acaba e, pasmo, extinção de posto de trabalho onde nunca deixou de existir.
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Melhor que isto só o homem dos pastéis a governador, e o outro a mentir, claramente, nas nossas fuças.
O Álvaro haverá de gostar da flexibilização dos tempos de trabalho e do lay-off; mais a recuperação do banco de horas individual, reles principio e, velhacaria maior, o fim das limitações ao outsourcing.
Ou, como apregoam, “uma economia livre não deve proibir que se possa subcontratar livremente”. Ora aí, lucros para os dividendos e pouco investimento ou, melhor ainda, operários na praça à espera que o patrão chame à malga.
E a compra de férias, num país, Portugal, com dois milhões de pessoas no limiar da pobreza, mesmo recebendo apoios sociais.
Vamos despedir e depois contratar? Que rico planeamento empresarial. Expedientes de taberna, fiados em rol mal estipendiado.
Ainda bem que o antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho e o ex-deputado do PS, Sérgio Sousa Pinto vão repensar o sistema político português, com a criação de dois estudos com apresentação prevista para 2026.
A ideia partiu do Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto, essa estratégia que não temos na condução dos negócios do Estado. É para os amigos e basta. Como as contas-poupança isentas de impostos.
E lá no fundo, esse ruído perigoso e incomodativo, a revisão constitucional, para deixarmos de ser renegados pela República. A região regista crescimento económico há 49 meses consecutivos, com o PSD a governar desde 1976
É um céu, agradecem ali em Fátima, onde durante seis dias, famílias podem descansar de um ano de cuidados a terceiros. O Pedro e o Sérgio que tragam esses modelos democráticos mais inclusivos, transparentes e participativos. A voz do povo, não a mão do povo. Sim, que ele há um padrão e depois do que vamos tendo, o luxo de nos mentirem na cara. Não é cinismo, é sacanagem e merece sachola.
OPINIÃO | AMADEU ARAÚJO – JORNALISTA
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