Esta semana, quase fui atropelada pela passadeira. Não tenho a certeza quem tinha mais pressa: eu, a passadeira, o veículo ou o algoritmo. Nada justifica a distração no trânsito, seja dos motoristas ou dos peões. A cidade está repleta de carros, mesmo com campanhas que incentivam as pessoas a adotarem o transporte público.
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Há uma grande manifestação coletiva – já há anos – pela urgência de preservar as abelhas e as tartarugas marinhas, no nosso planeta. Acredito que ninguém esteja alheio a estas causas. Para quem ainda não sabe, nós estamos em ebulição social e ambiental, com intensas contribuições humanas.
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Às vezes, eu gostaria que em certos temas, a verdade não fosse tão dolorosa. Hoje em dia, estamos sempre a correr, equilibrando a cabeça no pescoço e preocupados com o futuro dos filhos, netos ou do nosso. E quando nos distraímos, já estamos a tentar resolver as feridas do passado.
Porém, o presente tem outro significado. A forma de me expressar na escrita — como na frase, “quase fui atropelada” (felizmente não aconteceu) — indica, apenas, que o “quase” é algo que vivemos no presente, onde investimos a nossa energia para nos salvarmos.
A vida no presente devia exigir mais serenidade e desaceleração, pois cada pessoa tem o seu próprio sol, os seus relógios e, talvez, uma agenda sincera para salvar o nosso mundo.
OPINIÃO | ANGEL MACHADO – JORNALISTA
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