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O que já se sabe sobre o grande ciberataque a aeroportos europeus

Notícias de Coimbra | 1 hora atrás em 21-09-2025

Os aeroportos europeus voltaram a ser alvo de um grande ciberataque, demonstrando como a aviação se tornou um alvo cada vez mais atrativo para os cibercriminosos.

Estes ataques não se limitam a falhas de TI: paralisam voos, deixam passageiros retidos e podem gerar impactos transfronteiriços em poucas horas. Os grupos criminosos exploram a dependência da aviação de sistemas digitais partilhados, sobretudo de plataformas de terceiros usadas em simultâneo por várias companhias aéreas e aeroportos. Quando um fornecedor é comprometido, a disrupção espalha-se de imediato e em larga escala.

O momento não é escolhido ao acaso. Muitos ataques ocorrem em fins de semana ou feriados, quando as equipas de TI e segurança são mais reduzidas e os tempos de resposta mais lentos.

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Ao atacar nestas janelas, os criminosos maximizam a hipótese de causar caos prolongado, com disrupções que frequentemente se estendem até às segundas-feiras, afetando centenas de milhares de passageiros.

Dados da Check Point Research demonstram a persistência e agravamento da ameaça:

O setor de Transportes e Logística mantém-se entre os 10 mais atacados do mundo, enfrentando em média 1.143 ciberataques por organização por semana nos últimos meses, um aumento de 5% em termos anuais.

Só em agosto de 2025, o número subiu para 1.258 ataques semanais por organização.
Globalmente, o ransomware continua a ser uma das ameaças mais disruptivas, com 1.600 incidentes reportados no 2.º trimestre de 2025, sendo que o setor de Transportes e Logística representou 4% desses casos.

No 2.º trimestre de 2025, a atividade de ransomware cresceu 126% face ao ano anterior, atingindo novos recordes e demonstrando como as campanhas de extorsão e a exploração da cadeia de fornecimento estão a moldar o panorama de ameaças.

“Os cibercriminosos estão a explorar deliberadamente o ponto mais fraco da aviação: a sua cadeia de fornecimento interligada. Um único fornecedor comprometido pode paralisar dezenas de aeroportos e companhias aéreas de uma só vez”, afirma Rui Duro, Check Point Software Country Manager Portugal. “Sabem também que os fins de semana são o ponto cego da indústria, quando as equipas de segurança estão mais limitadas e a resposta é mais lenta, criando o máximo de disrupção que se prolonga até aos períodos de maior tráfego aéreo.”

“A menos que as empresas de aviação tratem a cibersegurança com a mesma seriedade que as verificações de segurança física antes da descolagem, continuaremos a assistir a disrupções cada vez maiores. A resiliência cibernética é agora tão crítica para a aviação como a segurança dos passageiros.”

Recomendações:

Para reforçar a resiliência, a aviação deve:

Corrigir e atualizar rigorosamente o software para fechar vulnerabilidades.


Monitorizar continuamente atividades invulgares que possam indicar intrusões.


Implementar sistemas de backup testados para garantir continuidade caso ferramentas digitais críticas fiquem offline.


Melhorar a partilha de informação entre fronteiras para que governos, companhias aéreas e fornecedores tecnológicos consigam detetar e conter ataques mais rapidamente.

Terei todo o gosto em colocar em contacto com Rui Duro, Country Manager Portugal da Check Point Software para discutir como a aviação pode proteger melhor os seus passageiros e operações contra esta vaga crescente de ciberataques.

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