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Educação

O que fazer para ajudar uma criança que seja vítima de bullying

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 29-01-2023

O bullying é um problema que está assente na sociedade e traz inúmeras consequências, obrigando a um especial cuidado na comunicação com as vítimas. Os pais, por exemplo, de forma inconsciente, podem não ter a melhor abordagem porque há frases que acabam por ter uma influência negativa na criança.

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“Em primeiro lugar não se deve dizer ‘Ignora!’, até porque não se consegue ignorar para sempre aquilo que está a acontecer. Ao dizer para a criança ignorar estamos a desvalorizar o sofrimento dela”, afirma Inês Andrade, presidente da Associação No Bully Portugal ao Correio da Manhã.

“Uma das estratégias é o ignorar confiante, que é diferente de um ignorar e encolher que só mostra fragilidade. Pedir à criança para ignorar os ataques vai fazer com que ela se sinta mais sozinha”, informa. “Tens que saber defender-te”, “Não sejas tão dramático” ou “Precisas de ser forte” são frases que os adultos não devem proferir, porque vão fazer com que a criança sinta que a culpa de ser vítima é toda dela, por não se saber opor ao agressor. “É fundamental ter uma comunicação correta, porque não sabemos o impacto que aquilo que dizemos tem nas crianças”, referiu a presidente.

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Outra situação que, à partida, pode fazer sentido para os pais é falar com os ‘bullies’, mas esse não é um procedimento correto. “Os pais não devem falar com os agressores, para não serem acusados de intimidar as crianças”, salientou.

Os pais devem analisar com a criança como é que ela deve reagir e enfrentar os problemas para se conseguir defender. Um dos exercícios aconselhados é simular o que pode fazer ou dizer em ataques futuros. “Há quem diga ‘revolta-te e defende-te’, mas há crianças que não se conseguem defender e é preciso ter essa noção”, lembrou Inês Andrade. “‘Tens de enfrentar’ ou ‘bater de volta’ às vezes é incentivado pelos pais, mas promover a violência também não é positivo”, assegurou.

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Não se devem relativizar este tipo de situações. O bullying não é uma brincadeira e nunca deve ser encarado como uma fase que vai passar, logo não pode ser considera passageira. “Há quem diga: ‘São só brincadeiras!’, mas se há uma parte que não está a gostar, então já não é uma brincadeira”, concluiu.

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