Um médico especialista em distúrbios neurológicos identificou aquele que considera ser o sinal mais precoce e revelador de demência e da doença de Alzheimer. Trata-se de um alerta que pode passar despercebido, mas que merece especial atenção.
Embora muitas vezes se confunda a demência com Alzheimer, é importante sublinhar que a doença de Alzheimer é, na verdade, uma forma de demência, refere o Notícias ao Minuto.
O Dr. Stephen Cabral destacou que uma das primeiras manifestações a que se deve estar atento é o facto de a pessoa se perder com facilidade, algo que descreve como um dos indícios mais claros de possível desenvolvimento de doenças cognitivas.
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No vídeo, o médico explica que, ao contrário do que se pensa, os primeiros sinais não estão necessariamente ligados à perda de memória de nomes, palavras ou tarefas.
Segundo Cabral, “o verdadeiro sinal inicial é perder-se mais facilmente. Se alguém, mesmo mais jovem e sob stress, se esquece momentaneamente de onde deixou as chaves ou o que ia fazer a seguir, isso é normal. O que já não é habitual é a pessoa dar por si a pensar: ‘Onde estou? Estou perdido’. Isso representa uma alteração mais profunda na orientação espacial.”
Outro sinal que o especialista destaca é a dificuldade em realizar tarefas motoras simples, como estacionar um carro em linha reta. “Se estiver com um familiar mais velho e reparar que, mesmo em manobras básicas, como estacionar numa linha reta ou seguir em frente com o carro, há uma grande dificuldade, isso pode ser outro indício precoce de demência”, alerta.
De acordo com o Serviço Nacional de Saúde, os sintomas iniciais mais comuns de demência incluem perda de memória, dificuldades na aprendizagem de novas informações e tendência para perder objetos importantes ou esquecer tarefas básicas, como a comida ao lume. Com o agravamento da doença, podem surgir sinais mais severos, como esquecer nomes de pessoas próximas, apatia, perda de empatia, alterações emocionais, alucinações e até falsas crenças.
Um dos traços mais marcantes da evolução da demência é a perda progressiva de autonomia. Os doentes passam a ter dificuldade em realizar tarefas rotineiras, como comer, vestir-se ou manter a higiene pessoal, tornando-se cada vez mais dependentes de terceiros.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, divulgados pela Alzheimer Portugal, estima-se que existam atualmente cerca de 47,5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo. Este número poderá atingir os 75,6 milhões em 2030 e quase triplicar até 2050, ultrapassando os 135 milhões de casos.
Apesar destes números preocupantes, alguns hábitos alimentares podem desempenhar um papel importante na prevenção da demência. Neurologistas ouvidos recentemente pela revista Parade apontaram sete alimentos benéficos para a saúde cerebral: salmão, vegetais de folhas verdes, mirtilos, proteínas magras, aveia, feijão e azeite. Estes alimentos, ricos em nutrientes essenciais, podem ajudar a preservar as funções cognitivas e a reduzir o risco de declínio neurológico.
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