Coimbra

O doce que torna Coimbra famosa no mundo (mas que pelos vistos poucos gostam…)

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 4 horas atrás em 10-10-2025

Portugal é conhecido pela sua rica tradição pastelaria, com doces que misturam história, ritual e sabores únicos.

Entre o leque, alguns destacam-se pelo aspeto ou formato pouco convencionais, e são considerados por muitos como os “piores avaliados” para quem olha apenas para o visual, mas ainda assim mantêm uma forte tradição local.

Segundo o TasteAtlas:

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Bolos de São Gonçalo – Amarante: Originários de Amarante, são doces portugueses incomuns, todos com formato fálico. Tradicionalmente vendidos durante a celebração de São Gonçalo, a 10 de janeiro e no primeiro fim de semana de junho, estes bolos podem vir simples, polvilhados com açúcar ou recheados com creme doce. Acredita-se que a tradição tenha raízes em antigos rituais de fertilidade.

Tíbias de Braga – Braga: São massas crocantes recheadas com creme de confeiteiro e recebem o nome devido ao formato que lembra a tíbia humana. Podem ser recheadas com banana, framboesa, abacaxi, avelã, caramelo ou cappuccino, sendo perfeitas para acompanhar um chá ou café quente.

Cavacas: São doces leves e aerados, feitos com farinha, óleo e ovos, assados individualmente, resultando em massas folhadas ocas, similares a popovers. Normalmente glaceadas com açúcar, por vezes aromatizado com limão, têm origem antiga na pastelaria portuguesa, embora a sua história exata seja pouco conhecida.

Tortas de Guimarães – Guimarães: Estas tortas em forma de meia-lua são feitas com massa fina e folhada, recheadas com açúcar, gemas de ovo, amêndoas moídas e abóbora chila. Depois de assadas, são mergulhadas em calda, ganhando uma cobertura crocante e brilhante. Inventadas pelas freiras do convento de Santa Clara, são hoje uma das sobremesas mais conhecidas de Guimarães.

Filhós: Os filhós são doces fritos feitos de massa fermentada, com várias formas e sabores regionais. Podem incluir suco de abóbora ou laranja, e são normalmente polvilhados com açúcar e canela. No Algarve, alguns são mergulhados em calda de açúcar mascavo. Apesar da associação com o Natal, são consumidos durante todo o ano.

Pastéis de Santa Clara – Coimbra: Originários do convento de Santa Clara em Coimbra, os Pastéis de Santa Clara combinam massa fina e crocante com recheio doce de amêndoa e gema de ovo. Tornaram-se populares no século XIX e, no século XX, chegaram ao Brasil, onde também conquistaram os apreciadores de doces.

Pastel de Chaves – Chaves: É um salgado em forma de amêijoa, recheado com carne de vitela, pão e cebola. Inventado em 1862, o pastel tornou-se tradição local e só pode ser produzido na cidade de Chaves, garantindo autenticidade ao famoso doce.

Jesuítas – Santo Tirso: As Jesuítas são pastéis triangulares de massa folhada recheados com creme de ovos, normalmente cobertos com suspiro. Surgiram nos conventos portugueses e hoje são comuns em pastelarias, podendo ser aromatizadas com canela ou decoradas com amêndoas.

Portugal prova, com estes doces, que a pastelaria vai muito além do sabor: tradição, cultura e histórias curiosas acompanham cada receita, mesmo aquelas que causam estranheza à primeira vista.

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