Política

“O diretor dos Serviços Prisionais tem que assumir responsabilidades por este falhanço”

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 semanas atrás em 09-09-2024

O presidente do Chega exigiu hoje responsabilidades ao diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais pela fuga de cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus e criticou o silêncio da ministra da Justiça e do primeiro-ministro.

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“O Estado português falhou, o diretor dos Serviços Prisionais tem que assumir responsabilidades por este falhanço, porque este é um falhanço que envergonha Portugal”, afirmou.

André Ventura falava aos jornalistas à chegada das jornadas parlamentares do partido, que decorrem entre hoje e terça-feira em Castelo Branco.

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O líder do Chega acusou Rui Abrunhosa Gonçalves de irresponsabilidade, sustentando que “está objetivamente comprovado que houve negligência de serviços e que houve falha de serviços”.

“Isto não é uma república das bananas, tem que haver aqui consequências e a primeira consequência é do senhor diretor dos Serviços Prisionais, que sabe há anos que nós precisamos de mais guardas, que sabe há anos que é impossível um guarda estar a controlar a videovigilância toda de uma cadeia como a de Vale dos Judeus, mas também de outras, que sabe há anos que a desativação das torres era perigosa, que colocaram aqueles indivíduos juntos sabendo que eles já tinham agido em conluio, como se diz em direito, para articular um plano criminoso”, argumentou.

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André Ventura anunciou que o Chega vai chamar ao parlamento o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais e vai “também exigir responsabilidades ao próprio, bem como ao seu vice-diretor na área da segurança”.

O líder do Chega criticou também o silêncio da ministra da Justiça, Rita Júdice, defendendo que já devia ter pedido desculpa publicamente aos portugueses pelo risco e pelo prejuízo causado à imagem do Estado português na sequência desta fuga, que aconteceu no sábado.

“A senhora ministra da Justiça parece que está de férias e que entende que não deve pronunciar-se sobre isso. Quer dizer, quatro pessoas perigosas fogem de uma cadeia portuguesa, esta cadeia está sob a tutela do Ministério da Justiça e ninguém sabe onde está a senhora ministra”, criticou, exigindo “responsabilidades políticas”.

“Se eu fosse ministro da Justiça era o que eu faria, era estar perante vós dizer houve falhas aqui e ali, eu vou lutar para melhorar, ou assumir a minha responsabilidade e admitir-me. Agora, o que não pode acontecer é fingir que nada aconteceu, o país sabe o que aconteceu, as populações sabem o que aconteceu, há um risco real sobre as populações que a PJ e a PSP e a Secretaria de Segurança Interna já vieram avisar, e o Governo parece que não existiu nada”, sustentou.

O líder do Chega considerou que também o primeiro-ministro deve pronunciar-se sobre este assunto.

“Eu espero que haja pelo menos uma palavra do senhor primeiro-ministro, que se vestiu de bombeiro para ir a um incêndio, espero que também se vista de guarda prisional para ir à prisão ver o que é que está a acontecer. Já que gosta tanto de se vestir dos setores profissionais, podia aproveitar, vestia uma farda de guarda prisional e ia às prisões ver o que é que se está a passar, era isto que eu esperava, mas não, fechou-se, ninguém sabe onde é que ele está”, afirmou.

Ventura disse ainda que espera que os fugitivos sejam encontrados e “rapidamente possam ser devolvidos à justiça”.

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