Saúde

O braço que escolher para levar uma vacina pode fazer toda a diferença

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 horas atrás em 01-05-2025

Quando uma pessoa leva uma vacina, a maioria escolhe o braço sem refletir muito sobre a decisão. No entanto, novos estudos sugerem que a escolha onde se recebe pode ter um impacto na resposta imunitária do corpo, especialmente nas semanas seguintes à vacinação.

Investigadores realizaram estudos para comparar os efeitos de tomar as duas doses da vacina no mesmo braço em contraste com braços alternados. Os resultados revelaram que a administração das duas doses no mesmo braço pode acelerar a produção de anticorpos, pois os gânglios linfáticos dessa área já foram “expostos” à vacina, estando mais preparados para reagir rapidamente ao reforço.

Quando a segunda dose é aplicada no mesmo local da primeira, as células de memória geradas pela primeira dose são ativadas de forma mais eficaz. Este mecanismo resulta numa resposta imunitária mais rápida, o que pode ser crucial durante surtos virais nas primeiras semanas após a vacinação.

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No entanto, os estudos também indicam que, após um período de cerca de quatro semanas, os níveis de anticorpos se tornam semelhantes, independentemente do braço utilizado para as doses. Isto significa que, a longo prazo, a eficácia da vacina permanece igual, independentemente de ter sido administrada no mesmo braço ou em braços alternados.

Em contextos de emergência, como durante uma pandemia, essa proteção inicial acelerada pode ser vital para conter a propagação do vírus. Em testes com modelos animais e humanos, observou-se que, quando a vacina é administrada no mesmo lado do corpo, os gânglios linfáticos dessa área ativam um maior número de células de memória B, essenciais para uma resposta imunitária eficaz.

Embora a escolha do braço não altere o resultado final da vacinação, pode acelerar a resposta do sistema imunitário nas primeiras semanas. Esta descoberta abre novas possibilidades para otimizar estratégias de vacinação em massa, onde uma resposta rápida pode ser fundamental para salvar vidas, indica o Leak.

Atualmente, não há uma recomendação oficial sobre qual braço deve ser escolhido, mas este estudo destaca como até pequenos detalhes podem ter um papel importante na eficácia das vacinas e na luta contra infeções.

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