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O beijo é mais antigo do que o amor: Já existia há 21 milhões de anos

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 20-11-2025

Beijar na boca já era uma prática entre o antepassado comum dos humanos e dos grandes símios, remontando há 21 milhões de anos, segundo evidências encontradas por cientistas num estudo da Universidade de Oxford.

O estudo, apresentado como o primeiro sobre a história evolutiva do beijo, foi publicado na revista britânica “Evolution and Human Behaviour”, noticiou na quarta-feira a agência France-Presse (AFP).

Segundo o artigo, os Neandertais também tinham provavelmente este hábito.

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Os investigadores definiram primeiro o beijo como “contacto boca a boca não agressivo que não envolve a transferência de alimentos”.

Recolheram dados sobre espécies de primatas que habitualmente se beijam, incluindo chimpanzés, bonobos e orangotangos.

A seguir, utilizando a árvore filogenética dos primatas, empregaram uma abordagem estatística para estimar as probabilidades de que diferentes antepassados também praticassem este hábito.

A conclusão dos cientistas foi que beijar é “um traço comportamental ancestral nos grandes símios”, que surgiu no seu antepassado comum entre há 16,9 e 21,5 milhões de anos, segundo o comunicado de imprensa que apresentou o estudo.

“O beijo persistiu ao longo da evolução e continua presente na maioria dos grandes símios”, pode ler-se.

“Ao integrar a biologia evolutiva com dados comportamentais, conseguimos tirar conclusões fundamentadas sobre traços comportamentais que não fossilizam, como o beijo”, explicou Stuart West, coautor e professor de biologia evolutiva em Oxford.

“As nossas descobertas contribuem para um crescente corpo de investigação que destaca a notável diversidade de comportamentos sexuais observados nos nossos primos primatas”, comentou a bióloga e investigadora principal do estudo, Matilda Brindle.

Os cientistas descobriram que os Neandertais, que habitaram a Eurásia até há cerca de 40 mil anos, coexistindo com o Homo sapiens antes de desaparecerem, “provavelmente também praticavam o beijo”.

“Esta descoberta, combinada com estudos anteriores que mostram que humanos e Neandertais partilhavam micróbios orais (através da transferência de saliva) e material genético (através do cruzamento), sugere fortemente que humanos e Neandertais se beijavam”, enfatizou ainda a universidade.

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