Coimbra

Nuno Moita e Victor Baptista disputam sábado liderança da Federação de Coimbra do PS

Zilda Monteiro | 1 ano atrás em 04-11-2022

Os economistas Nuno Moita e Victor Baptista são os dois candidatos à liderança da Federação de Coimbra do Partido Socialista (PS). As eleições decorrem este sábado nos 17 concelhos do distrito.

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Na corrida estão duas pessoas que conhecem bem a Federação, já que Nuno Moita é o atual presidente e Victor Baptista também já ocupou o cargo.

Com o slogan “Juntos fazemos mais e melhor”, Nuno Moita aposta numa candidatura de continuidade. Defende que “é necessário começar a preparar o futuro autárquico” porque há presidentes de seis das nove câmaras socialistas que não se podem recandidatar devido às limitações de mandatos – Condeixa, Lousã, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Soure e Vila Nova de Poiares. Para além destas há, ainda, quatro que o PS perdeu nas últimas eleições e que é preciso recuperar – Coimbra, Figueira da Foz, Góis e Penacova.

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“Trabalhar para recuperar câmaras perdidas é o nosso mais importante desafio”, sublinhou ao Notícias de Coimbra, destacando que outra das prioridades passa por assegurar “uma nova centralidade metropolizante de Coimbra”, que considera “absolutamente decisiva” para o futuro do distrito.

Defende, também, “a descentralização e regionalização” e entende que “este é um momento singular para projetar as grandes obras que o país precisa para criar riqueza e corrigir assimetrias”.

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Nuno Moita quer também continuar a apostar na figura do provedor, a realizar plenários descentralizados e reuniões periódicas concelhias. Pretende, ainda, criar o dia do novo militante e abrir o PS a todos os que queiram participar. Ser “uma voz ativa na defesa de investimentos que promovam o emprego e as empresas numa região confrontada com problemas de desertificação e envelhecimento, particularmente nos territórios do interior”, é outra das suas prioridades.

Já Victor Baptista, que aposta no lema “Por o distrito de Coimbra, com o PS”, mostra-se preocupado com a crise económico-financeira que está a ser agravada com o impacto da pandemia e dos “efeitos colaterais da guerra da Ucrânia”, que abrem “novos desafios” aos quais é preciso responder.

Trata-se, como disse ao Notícias de Coimbra, de uma candidatura “contra o marasmo e a paralisação da Federação de Coimbra”. Depois de 12 anos afastado da vida interna do partido, lamenta os resultados “pouco lisonjeiros” obtidos pelo PS no distrito, onde perdeu, nas últimas autárquicas, quatro câmaras.

Defende, por isso, que é preciso “inverter este marasmo, apostando na valorização da participação dos militantes na vida do PS”, tal como considera que é necessário “discriminar positivamente os territórios de baixa densidade” e dar uma “especial atenção aos meios rurais” e à desertificação do interior. É com esse objetivo que, tal como o seu opositor, propõe a criação da Área Metropolitana de Coimbra, como meio para atenuar as diferenças e para melhorar a vida dos cidadãos.

Habitação, saúde, ensino, emprego, salário justo, educação, transportes e mobilidade são alguns dos setores a que pretende dar grande atenção. 

Victor Baptista assegura também que estará sempre “contra qualquer corte nas pensões e pensões de sobrevivência”, o que significaria “empobrecer mais aqueles que já são pobres”.

Garante, ainda, que caso saia derrotado desta eleição regressará dentro de dois anos “para ser novamente candidato” e que transformará a moção que apresentou ao congresso num “movimento político ‘Pelo distrito de Coimbra, pelo PS’”. Se tal suceder, a sua intenção passa por apresentar este movimento em todo o distrito, “com convidados e debates sobre as preocupações atuais”, de forma a promover “uma maior aproximação do PS aos cidadãos”.

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