Com a quantidade de equipamentos eletrónicos presentes em cada divisão, as tomadas nunca parecem ser suficientes.
Seja para ligar o carregador do telemóvel, a televisão, o computador ou outros pequenos eletrodomésticos, muitas famílias recorrem a extensões e protetores de sobretensão para multiplicar os pontos de energia disponíveis. Mas há um erro comum que pode sair caro: ligar uma extensão a outra.
Embora pareça uma solução prática, esta prática esconde riscos sérios. Os especialistas alertam que cada extensão está desenhada para suportar uma carga elétrica específica. Ao ligar várias entre si, essa carga pode ultrapassar os limites de segurança, sobretudo na extensão ligada diretamente à tomada da parede — a que assume todo o fluxo de corrente elétrica.
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As consequências não são apenas teóricas: sobreaquecimento dos cabos, acionamento constante dos disjuntores e, em casos mais graves, risco real de incêndio. Além disso, muitos destes dispositivos perdem a certificação de segurança quando usados em série, o que pode invalidar garantias e comprometer a segurança dos equipamentos.
A situação torna-se ainda mais crítica quando o emparelhamento envolve protetores de sobretensão. Contrariamente à crença popular, ligar dois ou mais destes dispositivos não aumenta a proteção — antes pelo contrário.
A sobrecarga elétrica resultante pode reduzir a eficácia dos dispositivos, impedir que atuem no momento certo e até aumentar a probabilidade de avarias ou danos irreversíveis em equipamentos eletrónicos dispendiosos.
A recomendação do Leak é clara: cada extensão ou protetor de sobretensão deve ser ligado diretamente à tomada da parede. A tentação de multiplicar as entradas deve ser travada pela consciência dos riscos que esta “solução” improvisada representa.
Em nome da segurança doméstica, é preferível planear melhor a distribuição dos equipamentos elétricos e, se necessário, procurar soluções certificadas com maior capacidade — mas nunca empilhar extensões.
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