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Nunca deite óleo pelo ralo! Saiba o que fazer

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 25-12-2025

As fritadeiras elétricas sem óleo têm sido alvo de grande promoção nos últimos anos, mas para apreciadores da gastronomia tradicional, como o crítico gastronómico Jay Rayner, nada substitui a crocância de um alimento frito numa panela cheia de óleo quente. No entanto, aquilo que agrada ao paladar levanta um problema ambiental significativo: o que fazer ao óleo usado após ter sido usado?

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Despejar óleo pelo ralo da cozinha ou pela sanita continua a ser uma prática comum, mas está longe de ser uma solução adequada. Segundo especialistas, ao livrar-se do óleo assim só vai provocar a formação de grandes depósitos de gordura, que acabam por entupir as condutas e causar avarias graves no sistema de saneamento, com custos elevados para todos.

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Durante anos, uma das alternativas foi armazenar o óleo solidificado em garrafas ou frascos e encaminhá-lo para aterros sanitários. No entanto, esta solução também levanta problemas, uma vez que o óleo pode permanecer intacto durante longos períodos quando isolado do meio exterior, dificultando a sua decomposição.

Idealmente, o óleo deveria ficar exposto para permitir a ação de microrganismos que promovem a sua degradação. Contudo, adicionar grandes quantidades de gordura ao lixo doméstico torna-o ainda mais difícil de gerir. Para responder a este desafio, a National Geographic destacou recentemente uma solução prática: os solidificadores de óleo.

Estes produtos permitem transformar o óleo usado em discos sólidos semelhantes a “panquecas” de gordura. O processo baseia-se na emulsificação do óleo, que endurece à medida que arrefece, podendo depois ser descartado em segurança no lixo doméstico. Uma vez no aterro, o material fica acessível aos microrganismos responsáveis pela sua decomposição.

De acordo com a FryAway, empresa especializada em solidificadores de óleo, pequenas quantidades de óleo solidificado podem mesmo ser colocadas na compostagem doméstica, juntamente com outros resíduos orgânicos. Já volumes maiores devem ser encaminhados para instalações capazes de tratar grandes quantidades deste resíduo, frequentemente apelidado de “ouro negro”.

Além disso, o óleo solidificado pode ainda ser reaproveitado. Entre as opções estão a produção de biodiesel, a transformação em velas ou até em sabão, dando um novo uso a um subproduto comum da cozinha doméstica.

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