Justiça
Numeiro acusado de ódio contra as mulheres. Segue queixa para o Ministério Público

Imagem: Facebook
A Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) apresentou uma queixa formal ao Ministério Público contra Numeiro – criador de conteúdos digitais – após ter recebido mais de uma centena de denúncias relativas a declarações consideradas ofensivas no que diz respeito aos direitos das mulheres.
Num comunicado publicado esta semana, a CIG manifesta “profunda preocupação e repúdio” pelas declarações tornadas públicas pelo referido criador, sublinhando que as mesmas “desrespeitam gravemente os direitos das mulheres e propagam desinformação sobre o aborto”. A entidade confirma ainda que recebeu mais de 100 denúncias por parte de cidadãs e cidadãos que expressaram indignação perante o conteúdo divulgado.
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Para além da queixa ao Ministério Público, a CIG informou ter também contactado outras entidades competentes, considerando que as declarações podem configurar discurso de ódio ou mesmo incitamento ao ódio dirigido às mulheres.
“Apelamos a todas as pessoas para que se unam na rejeição de discursos que atentem contra a dignidade das mulheres e os valores democráticos”, lê-se na nota oficial.
Apesar de não identificar o autor visado, o Jornal de Notícias avançou que o caso diz respeito ao youtuber Numeiro, cujas declarações contra o aborto, divulgadas após um anúncio anti-aborto financiado pelo fundador da marca Prozis, geraram uma onda de críticas e indignação nas redes sociais.
A polémica reacendeu o debate em torno da responsabilidade de influenciadores digitais e do papel das plataformas na moderação de conteúdos que possam promover discriminação, desinformação ou discurso de ódio.
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