Opinião

Lúcia Santos: Novos desafios

LÚCIA SANTOS | 10 anos atrás em 24-12-2013

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Nos últimos anos tem-se assistido a um fenómeno crescente de envelhecimento da população e a um aumento contínuo das doenças crónicas incapacitantes, factores que se têm traduzido num acréscimo do número de pessoas em situação de dependência.

Simultaneamente observou-se uma profunda transformação da estrutura e organização familiar, que tem vindo a ser confrontada com uma mutação rápida de ideologias e valores, representando cada vez menos o papel de suporte social que inicialmente lhe era atribuído.

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Tal realidade fez surgir um novo conjunto de necessidades na área social e na área da saúde que requerem respostas sociais diferentes e diversificadas para satisfazer o incremento da procura por parte das pessoas em situação de dependência e das suas famílias.

Estas respostas sociais devem ser ajustadas aos diversos grupos de pessoas em situação de dependência e aos diferentes momentos e circunstâncias da evolução da sua situação de doença ou de integração social, promovendo a autonomia e a participação dos destinatários e reforçando as competências das famílias para lidar com estas situações.

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Embora venham a ser implementadas a um ritmo crescente no nosso país, as respostas sociais existentes para este grupo-alvo continuam a ser claramente insuficientes, não só no que respeita à taxa de cobertura, mas também relativamente ao tipo de serviços que prestam, baseando a sua oferta na satisfação de necessidades básicas ou centrando a sua actividade na institucionalização da população utente.

Para ir ao encontro dos problemas e das reais carências da população e dar resposta às novas exigências as áreas do social e da saúde terão de ultrapassar os seus limites tradicionais, aprender e mudar o modelo de intervenção, olhando para os territórios em que actuam e para a diversidade de situações que existem e integrando novas componentes e formas de abordagem.

O que está aqui em causa é a capacidade de responder de uma forma adequada aos problemas do nosso tempo, atendendo às condições e aos factores que os produzem e às suas tendências evolutivas e este objectivo só é possível de atingir através de uma intervenção integrada entre diferentes parceiros, que vai permitir melhorar a qualidade e a eficácia da oferta graças às sinergias que a cooperação interdisciplinar pode gerar.

LÚCIA SANTOS

Presidente da Juventude Popular de Coimbra

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