Primeira Página

Novo edifício do IPO de Coimbra poderá estar concluído no final do ano

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 09-05-2025

 O novo edifício do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, orçado em 40 milhões de euros, entrou na fase final de obra e poderá estar concluído no fim do ano, admitiu hoje a presidente do conselho de administração.

PUBLICIDADE

publicidade

“Estamos a fazer tudo para conseguir terminar as obras no final do ano”, disse aos jornalistas Margarida Ornelas, durante uma visita realizada hoje de manhã, organizada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

PUBLICIDADE

Com uma área total de 16.270 metros quadrados, três vezes superior ao edifício antigo, as novas instalações, situadas no campus daquela unidade hospitalar, tiveram início em setembro de 2021.

As novas instalações vão contemplar uma unidade de Medicina Intensiva, contrariamente ao projeto inicial, que apenas previa uma unidade de Cuidados Intermédios, tal como exista anteriormente.

“O Serviço de Medicina Intensiva é de facto uma novidade, já que o edifício que foi demolido tinha Cuidados Intermédios”, revelou Margarida Ornelas, salientando que a autorização para a alteração ao projeto foi concedida em janeiro de 2024.

Segundo a administradora, o Serviço de Medicina Intensiva vai permitir ao IPO de Coimbra “diferenciar-se muito do ponto de vista cirúrgico e da capacidade de dar uma resposta”.

Com seis pisos, um deles subterrâneo, o novo imóvel servirá para instalar os serviços de Imagiologia, Medicina Nuclear, Gastrenterologia e respetivas áreas técnicas, cinco salas de bloco operatório e uma sala de cirurgia de ambulatório, uma unidade para doentes críticos e uma área de internamento com 98 camas, quatro delas de isolamento.

A empreitada de 40 milhões de euros é financiada com 34 milhões de fundos comunitários, através dos programas Centro 2020 e Centro 2030, que englobou também a substituição de dois Aceleradores Lineares, cuja vida útil estava esgotada.

Os dois equipamentos, segundo Margarida Ornelas, foram extremamente importantes na melhoria dos tratamentos de radioterapia, “do ponto de vista da segurança, qualidade e com um impacto relevante nos tratamentos complexos”.

“Só para dar uma nota, em 2022, a nossa relação de tratamentos complexos simples era de 80%, e antes chegou a ser 60% e menos, e fechámos o ano [2024] com 97% de tratamentos complexos e com mais doentes em tratamento de radioterapia, mas com menos sessões”, sublinhou.

O IPO de Coimbra tem também já aprovados 20 milhões de euros para equipamentos, muitos deles suportados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A visita às obras em curso pretendeu assinalar o Dia da Europa, que se comemora hoje, “para sinalizar onde os fundos que a região Centro apoiou estão a ser aplicados em concreto”, salientou aos jornalistas a presidente da CCDRC, Isabel Damasceno.

“É em projetos como este que estão a ser aproveitados os fundos europeus, que é uma das grandes conquistas que tivemos com a adesão à então Comunidade Económica Europeia”, frisou.

Para a dirigente, trata-se de uma sinalização importante, “sobretudo num projeto impactante e estruturante desta natureza na área da saúde, que tem um impacto fundamental não só em Coimbra, mas em toda a região Centro” que é abrangida pelo IPO de Coimbra.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE