Enormes colónias de uma formiga invasora, a Tapinoma magnum, estão a causar sérios transtornos em várias regiões da Europa, com prejuízos que já somam milhares de euros.
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Estas “super-formigas”, que podem atingir 20 milhões de indivíduos numa única colónia, escavam túneis sob estradas, danificam infraestruturas e roem cabos elétricos, provocando falhas na energia elétrica e na internet.
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Originária da região mediterrânica, incluindo Espanha, Itália e países do norte de África , a espécie tem vindo a expandir-se rapidamente para o norte, tendo já sido detetada em França, Suíça, Alemanha, Bélgica e Países Baixos. Também já foi observada em países do leste europeu, como Eslovénia, Hungria, Grécia e Azerbaijão.
O seu impacto é preocupante. Em Kehl, na Alemanha, por exemplo, uma colónia gigante de T. magnum foi responsável por cortes de energia e de internet, depois de roer cabos elétricos. No mesmo país, um parque infantil chegou a encerrar devido a túneis cavados por estas formigas sob a estrutura, comprometendo a segurança do espaço.
Na Suíça, onde a espécie foi identificada pela primeira vez em 2018, a situação também é grave. Em Oetwil an der Limmat, uma super-colónia infetou um campo de batatas com uma área equivalente a sete campos de futebol. Segundo moradores locais, havia tantas formigas que o solo deixava de ser visível.
Apesar do seu pequeno tamanho (cerca de 3 mm e cor preta), estas formigas diferenciam-se das comuns formigas pretas de jardim pelo seu comportamento: formam longos trilhos visíveis que sobem edifícios e percorrem calçadas em procissões organizadas.
Segundo a Associação Britânica de Controlo de Pragas, citada pelo ZAP, a espécie representa uma ameaça significativa para as formigas nativas, deslocando-as e causando danos estruturais ao escavar sob pavimentos. A propagação da T. magnum deve-se, em grande parte, à importação de plantas e árvores em vasos provenientes do Mediterrâneo.
Embora Portugal ainda não tenha registado casos desta praga, o alerta está lançado. O país conta com quatro espécies endémicas do género Tapinoma, mas a chegada desta super-formiga poderia causar sérios desequilíbrios ecológicos e problemas nas infraestruturas urbanas.
As autoridades europeias e especialistas em controlo de pragas recomendam vigilância reforçada para travar a expansão desta formiga, que já demonstra ser um inimigo duro de combater nas cidades do Velho Continente.
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