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Norueguesas ameaçadas com expulsão ao recusarem jogar de biquíni no Europeu de Andebol

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 19-07-2021

Jogadoras protestaram e foram ameaçadas de que seriam excluídas.

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Segundo uma notícia da CMTV, o Europeu de andebol feminino, que esta tarde chega ao final em Varna, na Bulgária, ficou marcado por uma situação insólita a envolver a seleção norueguesa. Tudo por conta da obrigação expressa no regulamento para que as jogadoras atuem sempre em biquíni e não em calções. As nórdicas protestaram, chegaram a tirar uma foto em sinal de desacordo e apresentaram-se para o primeiro jogo precisamente equipadas de calções. Estavam prontas a assumir até as eventuais multas, mas a EHF, segundo relatos das próprias jogadoras, decidiu subir a parada quanto a essas punições.

“Primeiro disseram-nos que seria uma multa para cada jogadora de 50 euros por jogo, algo que iria dar um valor total de 4850 euros. Isso até aceitavamos… Contudo, imediatamente antes do início do primeiro jogo [diante da Hungria] disseram-nos que seríamos desqualificados se jogássemos assim. Por isso tivemos mesmo de ir buscar os biquínis”, revelou Katinka Haltvik, à emissora norueguesa NRK. E assim jogaram até final do torneio, onde cairiam este sábado, nas meias-finais, aos pés da Dinamarca.

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A situação, refira-se, levou até a uma tomada de posição por parte da selecionadora francesa, mas também dos jogadores da seleção masculina de andebol (de pavilhão). “É injusto. O dinheiro e as multas nunca deveriam ser parte da discussão. Para se mudar, as nações devem estar unidas e estamos a fazê-lo aqui. Se nada mudar antes do próximo campeonato, vou pressionar para fazermos exatamente o que quisermos e iremos encarar as consequências desse ato. Estamos a perder jogadoras por causa de questões ligadas a equipamentos. As jogadoras dizem que se sentem desconfortáveis, nuas e observadas. É um desporto que envolve muito movimento e só estás ‘tapada’ pelo biquíni. Há também desconforto relacionado com a menstruação, mas também por questões religiosas”, disse Valérie Nicolas, a técnica francesa.

Posteriormente, refira-se, a EHF esclareceu que nunca teria estado em cima da mesa a desqualificação, apesar daquilo que foi dito por Katinka Haltvik. De resto, a federação norueguesa já submeteu oficialmente pediu ao congresso do organismo para mudar as regras da indumentária.

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