A construtura automóvel Nissan vai suprimir mais de 10 mil postos de trabalho em todo o mundo, além dos nove mil já anunciados em novembro, noticiaram hoje vários órgãos de comunicação social japoneses.
De acordo com a televisão NHK, os cerca de 19 mil trabalhadores que serão dispensados equivalem a cerca de 15% da força de trabalho da empresa japonesa.
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O grupo automóvel escusou-se a confirmar esta informação, que foi divulgada também pelo diário económico Nikkei.
A Nissan, na qual o grupo francês Renault detém uma participação de 35%, deverá publicar na terça-feira os resultados relativos ao ano fiscal de 2024-2025 terminado em março.
A Nissan deverá anunciar um prejuízo anual recorde, num contexto de reestruturação da empresa e após a aplicação de mais tarifas pelos Estados Unidos.
No final de abril, o grupo automóvel já tinha previsto perdas líquidas entre 700 a 750 mil milhões de ienes (entre 4,32 a 4,62 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2024-2025, cerca de nove vezes mais do que previa em fevereiro.
O prejuízo explica-se, nomeadamente, “pelos custos associados ao plano de relançamento em curso”, indicou o construtor automóvel, no final de abril.
Perante a persistência do abrandamento das vendas nos seus principais mercados – o americano e o chinês – a Nissan anunciou no início de novembro que pretendia suprimir 9.000 postos de trabalho em todo o mundo e reduzir em 20% a sua capacidade de produção.
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